pesquisa sobre a vinda dos haitianos para o Brasil causas consequências (inclusive a vinda deles para o amazonas
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Crise econômica gera desemprego e dificuldades financeiras para imigrantes haitianos; mesmo nos estados menos afetados, já houve registro de imigrantes vivendo em situação de rua!
O haitiano distribui currículo, procura serviço, mas até hoje não aparece trabalho pra ele. Estamos com essa dificuldade maior no momento”, conta Wismick Joseph, presidente da Associação de Haitianos de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina.
De 2011 a 2015, o Brasil concedeu 51 mil autorizações de trabalho aos haitianos. Santa Catarina é o estado que mais concentra essa mão de obra. É também onde os níveis de desemprego são mais baixos: 7,9% no primeiro trimestre de 2017, abaixo da média nacional, que no mesmo período atingiu 13,3%. No entanto, o aumento do número de pessoas desempregadas e a crise econômica afetou também os imigrantes haitianos que vinham para Santa Catarina em busca da garantia de emprego formal.
Em 2015, segundo pesquisa realizada pelo economista Luis Felipe Magalhães, do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo), da Unicamp, cerca de 9 mil haitianos estavam empregados no estado, representando 57% do total de estrangeiros com trabalho formal. Esses imigrantes vivem nas regiões do Litoral, Vale do Itajaí e Oeste catarinense. Trabalham principalmente na construção civil, limpeza e agroindústria.
Mas as coisas estão mais difíceis, como explica o padre Joaquim Filippin, da Pastoral do Migrante de Florianópolis. “Há três anos tinha até trabalho. Depois com a crise que sofrem os brasileiros, sofrem muito mais os imigrantes, porque se a empresa tem três empregados, o primeiro que bota pra fora é o estrangeiro”.
É o caso do pastor Altes Petiote, desempregado há dois anos e que vive das doações de fiéis. “A vida está muito difícil, eu creio que ainda vou conseguir um serviço. Dá para viver aqui no Brasil, porque lá no Haiti a vida é muito difícil”, afirma Petiote.
A realidade é a mesma no oeste catarinense, onde, de acordo com a Polícia Federal, 90% dos estrangeiros residentes em Chapecó são haitianos. Segundo a advogada e membro da Pastoral do Migrante de Chapecó Deisemara Langoski, com a crise econômica e os recentes escândalos relacionados aos frigoríficos da Brasil Foods e JBS – Friboi, houve demissões em massa e os primeiros a serem dispensados foram os haitianos.
Marie Merlande Divers, imigrante haitiana e estudante de administração da Universidade Federal da Fronteira Sul, em Chapecó, gostaria de trabalhar. Ela procurou emprego em supermercados e no comércio, mas só há vagas na indústria agropecuária, onde o trabalho é ainda mais precarizado para haitianos. “Eu estive conversando com uma amiga minha e ela me contou que tem trabalho dentro dos frigoríficos que quando é pra brasileiros, eles colocam três brasileiros para fazer o trabalho, mas quando é com eles [haitianos] eles colocavam só um”.
A precarização e situação análoga à escravidão também foi denunciada pela pesquisa do economista. “As violações mais comuns eram descontar dos salários um valor referente à moradia, muitas vezes precária, a alocação discriminatória - concentrar os haitianos em setores que registram mais acidentes e adoecimentos ou que são mais desgastantes -, e contratos trabalhistas com cláusulas desfavoráveis ao trabalhador que, sem entender português, assina documentos em que abre mão de direitos em caso de demissão, por exemplo”.
A advogada Deisemara ainda diz que depois de 2015, ano em que Magalhães colheu os dados nos frigoríficos catarinenses, as empresas não autorizam mais a entrada de pesquisadores ou jornalistas nos locais de trabalho. O Brasil de Fato também solicitou entrevista à BR Foods, que controla a Sadia e a Perdigão. No entanto, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
O haitiano distribui currículo, procura serviço, mas até hoje não aparece trabalho pra ele. Estamos com essa dificuldade maior no momento”, conta Wismick Joseph, presidente da Associação de Haitianos de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina.
De 2011 a 2015, o Brasil concedeu 51 mil autorizações de trabalho aos haitianos. Santa Catarina é o estado que mais concentra essa mão de obra. É também onde os níveis de desemprego são mais baixos: 7,9% no primeiro trimestre de 2017, abaixo da média nacional, que no mesmo período atingiu 13,3%. No entanto, o aumento do número de pessoas desempregadas e a crise econômica afetou também os imigrantes haitianos que vinham para Santa Catarina em busca da garantia de emprego formal.
Em 2015, segundo pesquisa realizada pelo economista Luis Felipe Magalhães, do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo), da Unicamp, cerca de 9 mil haitianos estavam empregados no estado, representando 57% do total de estrangeiros com trabalho formal. Esses imigrantes vivem nas regiões do Litoral, Vale do Itajaí e Oeste catarinense. Trabalham principalmente na construção civil, limpeza e agroindústria.
Mas as coisas estão mais difíceis, como explica o padre Joaquim Filippin, da Pastoral do Migrante de Florianópolis. “Há três anos tinha até trabalho. Depois com a crise que sofrem os brasileiros, sofrem muito mais os imigrantes, porque se a empresa tem três empregados, o primeiro que bota pra fora é o estrangeiro”.
É o caso do pastor Altes Petiote, desempregado há dois anos e que vive das doações de fiéis. “A vida está muito difícil, eu creio que ainda vou conseguir um serviço. Dá para viver aqui no Brasil, porque lá no Haiti a vida é muito difícil”, afirma Petiote.
A realidade é a mesma no oeste catarinense, onde, de acordo com a Polícia Federal, 90% dos estrangeiros residentes em Chapecó são haitianos. Segundo a advogada e membro da Pastoral do Migrante de Chapecó Deisemara Langoski, com a crise econômica e os recentes escândalos relacionados aos frigoríficos da Brasil Foods e JBS – Friboi, houve demissões em massa e os primeiros a serem dispensados foram os haitianos.
Marie Merlande Divers, imigrante haitiana e estudante de administração da Universidade Federal da Fronteira Sul, em Chapecó, gostaria de trabalhar. Ela procurou emprego em supermercados e no comércio, mas só há vagas na indústria agropecuária, onde o trabalho é ainda mais precarizado para haitianos. “Eu estive conversando com uma amiga minha e ela me contou que tem trabalho dentro dos frigoríficos que quando é pra brasileiros, eles colocam três brasileiros para fazer o trabalho, mas quando é com eles [haitianos] eles colocavam só um”.
A precarização e situação análoga à escravidão também foi denunciada pela pesquisa do economista. “As violações mais comuns eram descontar dos salários um valor referente à moradia, muitas vezes precária, a alocação discriminatória - concentrar os haitianos em setores que registram mais acidentes e adoecimentos ou que são mais desgastantes -, e contratos trabalhistas com cláusulas desfavoráveis ao trabalhador que, sem entender português, assina documentos em que abre mão de direitos em caso de demissão, por exemplo”.
A advogada Deisemara ainda diz que depois de 2015, ano em que Magalhães colheu os dados nos frigoríficos catarinenses, as empresas não autorizam mais a entrada de pesquisadores ou jornalistas nos locais de trabalho. O Brasil de Fato também solicitou entrevista à BR Foods, que controla a Sadia e a Perdigão. No entanto, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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