Artes, perguntado por Victoria11123, 11 meses atrás

Pesquisa sobre a historia da musica ocidental

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Respondido por estefhaneoliver81
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– História da Música

A noção de História da Música é praticamente recente. Tem uns 150 a 200 anos no máximo. Os primeiros historiadores da música (e da História Geral – política, econômica, social etc.) começaram a organizar tudo com o nacionalismo romântico no início do século 19. Tudo era narrado através de fatos bastante vagos e lendários e datações imprecisas e arbitrárias.

Na música, isto se agravava porque muitos registros e até partituras desapareciam rapidamente. O repertório praticamente se constituía de estreias, porque a imensa maioria das peças era feita para uma única ocasião ou era tocada logo depois de composta e, sem ser grosseiro, a música era considerada um artigo supérfluo e descartável, apesar da sua estreita colaboração nos rituais religiosos e em festas políticas.

E esta história começava em Bach (recém descoberto) e terminava em Wagner – no máximo. No século 20, ampliou-se com a inclusão da música medieval (cantos gregorianos, danças e o repertório dos menestréis, trovadores etc.), os coralistas renascentistas e a óperas do século 17, desde Monteverdi, Lully e outros e os compositores do Modernismo (Debussy, Stravinsky, Bartók, etc.).

Assim, a História da Música que estudamos é a História da Música da Europa Ocidental. Esta música não é a única, não é a mais importante e não é melhor do que a de outros povos e civilizações. É aquela na qual estamos inseridos culturalmente e que aprendemos e trabalhamos todo o seu arcabouço teórico, tocamos os instrumentos inventados ou desenvolvidos por ela e elegemos os compositores daquele continente como nossos modelos. Além disto, nós delimitamos seu estudo a partir da Idade Média, mais precisamente aquelas músicas registradas depois do século 7.

As músicas dos períodos Primitivo e Antiguidade (civilizações egípcias, mesopotâmicas, gregas, romanas e de outros povos) e do início da Idade Média estão perdidas, apesar do trabalho arqueomusicológico. O que nos resta são pinturas ou esculturas de músicos, referências literárias ou religiosas, instrumentos, algumas teorias musicais e supostas “partituras”, tudo muito fragmentado, disperso e precário.

De qualquer forma, o que influenciou a música europeia foram as teorias gregas (modificadas pelos interesses dos teóricos medievais) e a contínua utilização de diversos instrumentos daquelas civilizações antigas. A prática musical dos judeus influenciou os cânticos dos cristãos. As atividades musicais dos povos germânicos e dos árabes influenciaram toda a música profana medieval com seus instrumentos, formas, ritmos e estruturações harmônicas.

As músicas chinesas, indianas e de outros povos asiáticos, possuem uma estrutura diferente e uma história independente, que pouco se relacionou com a da Europa, a não ser em épocas mais próximas. As músicas dos africanos, dos ameríndios e dos oceânicos só agora estão merecendo pesquisas científicas etnomusicológicas mais profundas.

As divisões históricas em períodos estilísticos são recentes e estão sujeitas ainda a revisões. No caso da música, muitos períodos não têm sincronismo com os das outras artes e nem se referem a algum detalhe específico musical. Muitos historiadores, para inserir a música num contexto sócio-cultural, batizam-na com tal ou qual nome, mas há muita polêmica. Mantive as denominações para uma orientação básica, mas pode ser que tudo isto mude algum dia.

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