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As Leis de Nuremberg, promulgada no governo Nazista de Hitler em 1935, separaram os judeus do restante da população alemã, suprimindo a sua cidadania e proibindo que se misturasse com os alemães considerados arianos puros.
A Lei para a Proteção do Sangue e da Honra Germânicas, nome oficial dessa legislação, foi logo aplicada a outros grupos não judeus.
- Por que Hitler perseguia os judeus na Alemanha?
- Além do judeus, quais grupos nazistas incluíram entre as raças inferiores?
Faça a pesquisa a partir das perguntas acima e responda no caderno de História.
Soluções para a tarefa
Resposta:
-Para compreender o anti-semitismo, é fundamental diferenciá-lo do antijudaísmo. O antijudaísmo é o ódio à religião judaica como ideologia ou visão de mundo, enquanto o anti-semitismo é o ódio aos judeus como nação. Entretanto, aqueles que professam o antijudaísmo acabam sendo anti-semitas, uma vez que partem do pressuposto de que a religião judaica contaminou a nação que segue seus preceitos. Por sua vez, o anti-semitismo desemboca no antijudaísmo, ao sustentar-se na premissa de que só uma nação racialmente inferior pôde ter criado uma religião tida como a religião do Mal.
Na Antigüidade, seitas eso-téricas conceberam a religião judaica como a religião do demônio e viam os judeus como os agentes na propagação dessa re-ligião do pecado. Essa cosmovisão foi resultado de uma crença dualista, isto é, em dois poderes criadores do universo: o Bem e o Mal, identificando os judeus com o Mal, o que os colocou no papel do mal cósmico e os viu como instrumento do demônio. Todavia, o momento histórico no qual se entrelaçam pela primeira vez e de forma radical antijudaísmo e anti-semitismo é na consolidação da visão paulina. Para o apóstolo Paulo, a revela-ção da Torá é uma revelação temporária, e aqueles que continuam no caminho da Torá após a chegada de Cristo são traidores. Segundo esse raciocínio, os judeus, ao rejeitarem Cristo como Messias e ao assassiná-lo, transformaram-se em agentes do Mal, no povo deicida.
Ao longo de toda a Idade Média, essa idéia foi desenvolvida e materializada pela Igreja católica. É de se destacar os cânones adotados no Concílio de Latrão (1215) que confirmavam a condenação dos judeus à servidão perpétua, proibiam sua integração na sociedade com o objetivo de impedir a contaminação dos cristãos, obrigavam o uso de signos de diferenciação nas vestes, impediam o acesso dos judeus aos cargos administrativos e os excluíam completamente da agricultura e das corporações. Essas medidas enraizaram na população um ódio milenar baseado numa ideologia demonizadora que culpou os judeus e o judaísmo pela morte de Cristo.
O termo anti-semitismo foi criado no século 19, quando as teorias religiosas que acusavam os judeus de deicídio ficaram caducas. Nesse momento, a partir de uma leitura tergiversada das teorias ligadas ao darwinismo social, o motivo para perseguir os judeus começou a ancorar-se em pressupostos biológicos. Assim, para Hitler, existiam três raças: as “fundadoras” ou superiores, representadas pelos povos germânicos, as “depositárias”, pelos povos eslavos, e as “destruidoras” ou inferiores, que tinham nos judeus o exemplo paradigmático. Obcecado com o ideal de pureza racial, Hitler compreendeu a História como uma permanente luta entre as diferentes raças, na qual a raça superior devia utilizar todos os meios necessários para manter sua pureza. A essa visão histórica foi acrescentado o mito da “conspiração judaica mundial”, fortemente difundido em toda a Europa que, entre outras falácias, divulgou a idéia do poder econômico do povo judeu e do seu monopólio dos meios de comunicação. Os judeus foram transformados no bode expiatório e culpados de todos os males pelos quais atravessava a Alemanha, fazendo com que sua eliminação se tornasse um imperativo de Estado.
-Ciganos, os deficientes físicos e mentais, os poloneses, os prisioneiros de guerra soviéticos, os afro-germanos, as Testemunhas de Jeová, os homossexuais e as pessoas anti-sociais.