Peri tinha vencido; era o primeiro de sua tribo, e o mais forte de todos os guerreiros. Sua mãe chegou e disse: "Peri, chefe dos Goitacás, filho de Ararê, tu és grande, tu és forte como teu pai; tua mãe te ama." Os guerreiros chegaram e disseram: "Peri, chefe dos Goitacás, filho de Ararê, tu és o mais valente da tribo e o mais temido do inimigo; os guerreiros te obedecem." ALENCAR, J. de. O guarani. São Paulo: Editora Ática, 1987. O texto exemplifica a maneira como o índio foi utilizado na literatura para a construção de nossa identidade nacional, pois essa personagem acabou sendo transformada em símbolo da
a) conciliação entre o caráter lírico individual e o caráter épico coletivo.
b) associação do selvagem brasileiro a valores éticos de engrandecimento.
c) evolução do espírito guerreiro primitivo para o espírito pacífico civilizado.
d) tendência primitiva do brasileiro a assumir uma postura de subserviência.
e) abordagem narrativa do caráter competitivo e ambicioso do povo brasileiro.
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A primeira fase do romantismo nacional foi a fase indianista e nacionalista, que via na figura dos povos nativos, que haviam sido relegados a uma posição inferior pela colonização portuguesa, um símbolo de uma grandeza própria do povo brasileiro que, pela sua relação com os nativos, era, também, grande.
Ela consistia, basicamente, de associar ideias grandiosas, como a coragem, a retidão moral e sabedoria aos personagens nativos, de modo que estes eram idealizados.
São simplesmente falsas as alternativas C, D e E, pois o indianismo ia na contramão destas ideias.
Já A e B são verdadeiras, sendo B a característica principal do indianismo e A uma de suas consequências. Contudo, no contexto a alternativa A parece mais pertinente que a B.
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