Filosofia, perguntado por 112318vini, 6 meses atrás

Perguntas filosóficas sobre o COVID 19

Soluções para a tarefa

Respondido por julianodr
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Resposta:

A discussão se inicia tratando do instante em que mulheres e homens se deparam com a possibilidade concreta da morte, que se tornou muito presente em nossas casas a medida que as televisões nos bombardeiam com dados sobre as mortes causadas pelo vírus e com imagens de covas reservadas a essas pessoas, sem que seus familiares, ao menos, possam ter seus momentos de despedida.

Em seguida, os professores dialogam sobre o significado e as concepções da morte em nossa sociedade e apresentam alternativas cognitivas e práticas para as demandas que se iniciaram com a pandemia como, por exemplo, a possibilidade de funerais posteriores, aproximando-nos de antigas práticas de nossa e de outras culturas.

Adiante, levantam-se reflexões a respeito das consequências sociais da pandemia que elevam consideravelmente a sua periculosidade. É mencionada, por exemplo, a possibilidade de atos de revolta e violência contra pessoas contaminadas pela população próxima não contaminada em uma tentativa de manutenção do equilíbrio saudável daquele ambiente. Outro aspecto levantado como relevante para a elevação da periculosidade da pandemia é a real importância – ou falta de – que governantes vêm atribuindo à equidade social entre brasileiras e brasileiros.

Em um segundo momento, abordam-se questões relativas aos locais em que habitamos. O que significa estar em casa neste momento? O que entendemos ser nossa moradia?

Em relação a esse tópico, discutem-se o conceito de eterno retorno, descrito por Friedrich Nietzsche, que trata da ausência de vida presente nas rotinas das pessoas. Nesse contexto, as moradas acabam tornando-se locais assustadores, prisões para considerável parcela da população, uma consequência de o bem-estar não ser tomado como primazia nas rotinas e nas vidas, gerando uma certa “urgência de viver”, uma necessidade de aproveitar o momento como “deveria ser aproveitado”.

No terceiro e último momento, há uma discussão sobre as pandemias sociais, uma vez que elas atingem diferentes setores sociais de maneiras extremamente diferentes. É suscitado que conjuntos imensos de pessoas sofrem diariamente com diversos outros tipos de pandemias. No caso da Covid-19, as implicações sociais não se restringem à contaminação pela doença, mas estendem-se à contaminação pelo medo da morte, o que, assim como a doença, não possui solução imediata, uma vez que nossa sociedade não criou ferramentas culturais para lidar com este momento como outras sociedades o fizeram.

Somos, então, convidados a repensar o conceito de sociedade até então estabelecido, para que, ao menos, haja um menor delineamento e persistência destas divisões sociais por meio da revalorização do espaço público; para que a rua seja vista como um complemento do espaço de casa, e não como um oposto a este.

Por fim, os professores afirmam que tão importante quanto as medidas tomadas atualmente são as que serão realizadas após a passagem por essa pandemia e rogam para que as mobilizações continuem vivas após o novo Coronavírus, demandando soluções para muitas outras pandemias sociais existentes, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da Universidade Pública, exigindo o fim da fome, dentre tantas outras.

Explicação:

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