Perguntar e buscar é precisamente a raiz de toda a atividade do homem: o
compreender, decidir e fazer humanos supõem a função ontologicamente prévia, do
perguntar, isto é, têm a estrutura de resposta a uma questão (teórica ou prática). O
homem torna tudo questionável: o seu perguntar não pode terminar nem se esgotar. Esta
constatação experiencial mostra que o perguntar ilimitado constitui a dimensão ontológica
fundamental do homem.
Neste horizonte, sem confins, do perguntar humano há uma questão que se revela
como a mais vital e próxima da existência, e como implicitamente presente em todas as
outras questões: a pergunta do homem sobre si mesmo, sobre o sentido da sua vida. Em
todo o ato de perguntar, pensar, decidir e fazer, o homem vive a experiência de existir e
tem a certeza vivencial de ser ele próprio, que implica a questão — „quem sou eu?‟.
Nesta experiência originária, imanente a todo o ato humano, o homem sente-se
confrontado com a pergunta acerca de si mesmo: vive a sua existência como recebida e
originada, como imposta e não escolhida por ele e, por isso, como implicativa da questão
sobre sua origem: de onde venho? Simultaneamente (em todo o ato humano) o homem
experimenta-se como „projeto‟, como liberdade orientada para o futuro desconhecido
(ainda não acontecido), e esta experiência implica a pergunta — para onde vou? A
questão da origem e a do futuro formam o signo interrogante, que abarca a totalidade da
vida.
O homem sábio deve: saber perguntar, ter inteligência e discernimento. A imaginação
é um dom notável, mas é muito mais notável aquele que sabe perguntar bem e entender
o que é colocado. A inteligência deve ser aguçada, deve irradiar luz. Capacidade e
grandeza se medem pela virtude e não pela sorte. O sábio estima todos, pois reconhece o
que há de bom em cada um e sabe como custa chegar ao verdadeiro conhecimento. A
atitude indagadora é filosófica e é essencial tanto para aqueles que desejam tornarem-se
filósofos quanto para aqueles que desejam apenas refletir sobre alguma situaç
1_ O texto propõe uma estrutura para a teoria ou prática, em reflexões filosóficas. Podemos constatar essa ideia na seguinte frase do texto.
A) O sábio estima todos, pois reconhece o que há de bom em cada um e sabe como custa chegar ao verdadeiro conhecimento.
B) Perguntar e buscar é precisamente a raiz de toda atividade do homem, o compreender, decidir e fazer humanos supõem a função ontologicamente prévia do perguntar.
C) Nesta experiência originária imanente a todo ato humano, o homem sente-se confrontado com a pergunta acerca de si mesma.
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O texto enfatiza que perguntar e buscar é a raiz de toda atividade humana, compreender, decidir e fazer humanos supõe a função ontologicamente prévia do perguntar, portanto, a alternativa correta é a letra B.
O texto deixa claro que é necessário que o homem faça perguntas, pelo fato de que essas perguntas trazem conhecimento, fazem ele refletir sobre as escolhas e respostas que a vida lhe da, sobre a vida em geral e também sobre si próprio.
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