Ed. Moral, perguntado por aguiarrodriguesgabri, 7 meses atrás

Perceber, reconhecer, entender, compreender, valorizar, dar atenção, respeitar… São vários

nomes diferentes para um processo tão simples, mas ao mesmo tempo tão difícil de ser praticado:

ouvir, de fato, o outro.

Ouvir não significa simplesmente escutar os sons da voz ou acompanhar o raciocínio do

interlocutor. Significa, antes de tudo, ter paciência e tolerância para aceitar a outra pessoa como ela

é, com suas qualidades e seus defeitos, crenças e emoções, com sua aparência, quer nos seja

agradável ou desagradável, sem pré-julgamentos. Concordo com quem disse que esse não é um

processo fácil, embora pareça tão elementar.

Vamos analisar um pouco as causas dessas dificuldades. É muito comum compararmos o mundo

ao nosso próprio referencial de vida, de como percebemos o mundo, que passa a ser o “nosso

mundo”. Incluem-se aí os nossos valores, conceitos e preconceitos.

Além disso, as pessoas aproximam-se pelas semelhanças e não pelas diferenças,

desmistificando a crença popular de que os opostos se atraem. Se observarmos bem, antes da

diferença há muita convergência, situações comuns, similaridades que atuam como facilitadoras de

um processo de entendimento e consideração e a partir daí eventuais diferenças de caráter,

atitudes ou comportamentos passam a configurar uma relação afetiva. Se observarmos bem,

quando admiramos uma pessoa dizemos: “Que pessoa extraordinária! Que pessoa agradável!

Que pessoa simpática!” Enquanto isso, lá no fundo, um outro comentário quase imperceptível

complementa … “tão parecida comigo!” Também fica fácil entender tal atitude por outra simples

razão, só percebemos qualidades e defeitos nos outros quando nos chamam a atenção porque em

potencial essas características existem em nós mesmos.Se precisar falar com o outro de verdade, primeiro é necessário querer e esse querer precisa ser

um desejo, uma vontade inquebrantável que não nos fará desistir diante da primeira adversidade.

Depois, devemos ter e exercitar a flexibilidade, colocando-nos no lugar do outro, empaticamente.

Aliás, empatia é isso mesmo: ajustar-se ao estilo, momento psicológico, crenças e valores do

mesmo interlocutor e nessa projeção conseguir melhor entendimento.

Algumas sugestões importantes para quem, de fato, deseja ouvir de verdade outra pessoa

e, a partir daí, abrir uma porta de entrada para o relacionamento: amizade, vendas,

negociações, lideranças, amor etc.:

1. Olhe nos olhos da outra pessoa e perceba-a nos seus detalhes, esteja com a atenção focada e

envolvida com ela.

2. Procure manter a calma, evite deixar se dominar por algum preconceito ou algo da outra pessoa

que desagrada.

3. Tenha paciência, saiba aceitar o silêncio da outra pessoa.

4. Evite contradizer o outro, evitando as palavras “mas”, “todavia”, “entretanto”, “contudo”.

5. Procure, antes de qualquer discordância, algum ponto com o qual vocês concordem.

6. Valorize e respeite as opiniões de seu interlocutor.

7. Demonstre respeito pelo outro como o outro é, e não como gostaria que fosse.

8. Crie condições favoráveis para o outro expressar livremente suas idéias e opiniões, saiba ter tato

para lidar com a discordância.

9. Concentre as diferenças no campo das idéias e não permita que sejam levadas para o lado

pessoal.

10. Certifique-se de que você compreendeu de fato o que o outro queria transmitir; repita,

questione, pergunte, evite ao máximo interpretações infundadas.


01. Para o autor, o que significa ouvir uma pessoa?


02. Para o autor, o que desmistifica a crença popular de que os opostos se atraem?


03. Segundo o autor, por que admiramos uma pessoa?


04. O que é empatia?


05. Segundo o texto, por que aceitar a outra pessoa tem que ser de forma incondicional?​

Soluções para a tarefa

Respondido por alcineidedacosta72
3

Resposta:

Explicação:

Respondido por silene1245santosofic
0

Resposta:

oenebsa6f5ks Ebvsiqkbrvjehfta

Perguntas interessantes