Filosofia, perguntado por Andreisilva2003, 1 ano atrás

Pequeno texto sobre Concepcao de genero nas tradicoes religiosas, tipo a mulher e o homen na igreja as discriminacoes e essas coisas


Andreisilva2003: Porque existem mais pastores ministos do que pastoras e ministras na igreja essas coisas

Soluções para a tarefa

Respondido por paseademir67
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O presente trabalho tem como objetivo a identificação de enunciados sexistas e concepções de gênero no discurso predominante em quatro diferentes religiões: Católica, Umbanda, Judaica e Evangélica- Igreja Universal do Reino de Deus. Para isso, foram observados os diferentes papéis designados a homens e mulheres, através da observação dos cultos e de uma pequena revisão de textos de cada religião. Desde o seu surgimento as religiões são um fator importante para a constituição dos valores e grupos sociais. Os papéis de gênero, portanto, também são influenciados por elas. A partir dos anos 60, com o início da luta feminista, os valores tanto da mulher quanto do homem começaram a ser resignificados no discurso social ocidental. É importante verificar se, atualmente, as religiões ainda postulam uma mulher apenas submissa, ou se as mesmas já estão se adequando às concepções contemporâneas do feminismo. Metodologia As observações foram realizadas de modo não-participante em quatro diferentes cultos: o católico, o judaico, o umbandista e o evangélico- Igreja Universal do Reino de Deus. Cada local foi visitado duas vezes para que houvesse a observação das peculiaridades de cada religião e dos freqüentadores, como, por exemplo, quem vai (quantidade de homens e de mulheres), com quem vai (com a família, sozinho, com amigos, etc.) e quem coordena os cultos. Além disso, foi feita uma revisão bibliográfica sobre os conceitos de gênero dentro de cada religião. Resultados: Pode-se perceber que nas religiões católica, evangélica- Igreja Universal do Reino de Deus e judaica ainda há, mesmo que camuflada, uma concepção tradicional do papel da 1718 XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010 mulher. Isso pode ser evidenciado pelo fato de mulheres não serem aceitas como presidentes dos cultos, nem poderem fazer parte da hierarquia clerical nas instituições. Na religião católica, por ser Maria o símbolo de mulher, traz consigo uma série de expectativas onde a mesma deve encaixar-se, assemelhando-se às virtudes marianas como, por exemplo, humildade, silêncio, obediência, castidade. Sem contar que a ela é incumbida, obrigatoriamente, a mesma grande missão de Maria, ser mãe. Dentro da Igreja Universal do Reino de Deus, o homem é visto como a cabeça, quem comanda as direções da família, a mulher, por sua vez, é considerada o corpo, aquela que faz as ordens da cabeça. Nas observações realizadas, a Igreja Universal considera que o homem como cabeça e a mulher como corpo uma visão natural, inerente aos seres humanos, imposto desde a criação do mundo. A mulher considerada sábia é aquela que edifica o lar, ou seja, faz de tudo para que sua família tenha unidade, amor e felicidade, ela trabalha dentro da sua própria casa, deixando a profissão fora para o marido. A mulher independente financeiramente é vista como infeliz, pois vive em busca de liberdade, todavia não vê que a liberdade só é encontrada em conjunto com seu marido e Deus. A mulher independente rejeita o homem como o chefe da família e do relacionamento, a mesma não aceita o próprio criador que deu ao homem autoridade sobre toda a criação, e à mulher a capacidade de edificar o lar. No judaísmo, apesar de os homens serem considerados elevados perante as mulheres, são também considerados incompletos até se casarem. A mulher judia é chamada de "Akeret Habayit" - a fundação do lar. É ela que tem a capacidade e as características de segurar uma casa. Além disso, ela deve manter acesa a vela da religião, para isso, deve manter a pureza da alimentação kosher, de taharat hamishpachá (santidade da vida conjugal) e da educação dos filhos desde os primeiros passos dentro do judaísmo. Na sinagoga, pessoas de diferentes sexos são separadas, as mulheres sentam-se atrás de uma mechitsá e são privadas de exercer algumas funções permitidas apenas para os homens. No entanto, há argumentos de que isso não seria uma “diminuição” da mulher e sim uma diferença nos papéis designados para cada sexo. Já no umbandismo, homens e mulheres são vistos como iguais, nota-se a importância da mulher e uma maior igualdade em relação ao papel desempenhado pelo homem. O orixá Ogum, por exemplo, é representado por uma figura masculina e feminina, mostrando a complementaridade dos opostos e a instabilidade, também é possível ver a figura forte de orixás femininos, como Iemanjá rainhas das águas e mãe de muitos orixás, ela transpassa a imagem da fertilidade e maternidade da mulher. Outro aspecto importante a considerar é 1719 XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010 hierarquia Umbanda, onde o chefe do terreiro poder ser tanto um homem (pai-de-santo), quanto uma mulher (mãe de Umbanda). Conclusão Ainda hoje, mesmo com a maior independência da mulher, tanto no campo de trabalho, quanto nas funções sociais, 
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