Pequeno texto sobre Concepcao de genero nas tradicoes religiosas, tipo a mulher e o homen na igreja as discriminacoes e essas coisas
Andreisilva2003:
Porque existem mais pastores ministos do que pastoras e ministras na igreja essas coisas
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O presente trabalho tem como objetivo a identificação de enunciados sexistas e
concepções de gênero no discurso predominante em quatro diferentes religiões: Católica,
Umbanda, Judaica e Evangélica- Igreja Universal do Reino de Deus. Para isso, foram
observados os diferentes papéis designados a homens e mulheres, através da observação
dos cultos e de uma pequena revisão de textos de cada religião.
Desde o seu surgimento as religiões são um fator importante para a constituição
dos valores e grupos sociais. Os papéis de gênero, portanto, também são influenciados por
elas. A partir dos anos 60, com o início da luta feminista, os valores tanto da mulher
quanto do homem começaram a ser resignificados no discurso social ocidental. É
importante verificar se, atualmente, as religiões ainda postulam uma mulher apenas
submissa, ou se as mesmas já estão se adequando às concepções contemporâneas do
feminismo.
Metodologia
As observações foram realizadas de modo não-participante em quatro
diferentes cultos: o católico, o judaico, o umbandista e o evangélico- Igreja Universal do
Reino de Deus. Cada local foi visitado duas vezes para que houvesse a observação das
peculiaridades de cada religião e dos freqüentadores, como, por exemplo, quem vai
(quantidade de homens e de mulheres), com quem vai (com a família, sozinho, com amigos,
etc.) e quem coordena os cultos. Além disso, foi feita uma revisão bibliográfica sobre os
conceitos de gênero dentro de cada religião.
Resultados:
Pode-se perceber que nas religiões católica, evangélica- Igreja Universal do Reino de
Deus e judaica ainda há, mesmo que camuflada, uma concepção tradicional do papel da
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XI Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 09 a 12 de agosto de 2010
mulher. Isso pode ser evidenciado pelo fato de mulheres não serem aceitas como presidentes
dos cultos, nem poderem fazer parte da hierarquia clerical nas instituições.
Na religião católica, por ser Maria o símbolo de mulher, traz consigo uma série de
expectativas onde a mesma deve encaixar-se, assemelhando-se às virtudes marianas como,
por exemplo, humildade, silêncio, obediência, castidade. Sem contar que a ela é incumbida,
obrigatoriamente, a mesma grande missão de Maria, ser mãe.
Dentro da Igreja Universal do Reino de Deus, o homem é visto como a cabeça, quem
comanda as direções da família, a mulher, por sua vez, é considerada o corpo, aquela que faz
as ordens da cabeça. Nas observações realizadas, a Igreja Universal considera que o homem
como cabeça e a mulher como corpo uma visão natural, inerente aos seres humanos, imposto
desde a criação do mundo. A mulher considerada sábia é aquela que edifica o lar, ou seja, faz
de tudo para que sua família tenha unidade, amor e felicidade, ela trabalha dentro da sua
própria casa, deixando a profissão fora para o marido. A mulher independente
financeiramente é vista como infeliz, pois vive em busca de liberdade, todavia não vê que a
liberdade só é encontrada em conjunto com seu marido e Deus. A mulher independente rejeita
o homem como o chefe da família e do relacionamento, a mesma não aceita o próprio criador
que deu ao homem autoridade sobre toda a criação, e à mulher a capacidade de edificar o lar.
No judaísmo, apesar de os homens serem considerados elevados perante as mulheres,
são também considerados incompletos até se casarem. A mulher judia é chamada de "Akeret
Habayit" - a fundação do lar. É ela que tem a capacidade e as características de segurar uma
casa. Além disso, ela deve manter acesa a vela da religião, para isso, deve manter a pureza da
alimentação kosher, de taharat hamishpachá (santidade da vida conjugal) e da educação dos
filhos desde os primeiros passos dentro do judaísmo. Na sinagoga, pessoas de diferentes
sexos são separadas, as mulheres sentam-se atrás de uma mechitsá e são privadas de exercer
algumas funções permitidas apenas para os homens. No entanto, há argumentos de que isso
não seria uma “diminuição” da mulher e sim uma diferença nos papéis designados para cada
sexo.
Já no umbandismo, homens e mulheres são vistos como iguais, nota-se a importância
da mulher e uma maior igualdade em relação ao papel desempenhado pelo homem. O orixá
Ogum, por exemplo, é representado por uma figura masculina e feminina, mostrando a
complementaridade dos opostos e a instabilidade, também é possível ver a figura forte de
orixás femininos, como Iemanjá rainhas das águas e mãe de muitos orixás, ela transpassa a
imagem da fertilidade e maternidade da mulher. Outro aspecto importante a considerar é
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hierarquia Umbanda, onde o chefe do terreiro poder ser tanto um homem (pai-de-santo),
quanto uma mulher (mãe de Umbanda).
Conclusão
Ainda hoje, mesmo com a maior independência da mulher, tanto no campo de
trabalho, quanto nas funções sociais,
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