Pequena fábula
“Ah”, disse o rato, “o mundo torna-se a cada dia mais estreito. A princípio era tão vasto que me dava medo, eu continuava correndo e me sentia feliz com o fato de que finalmente via à distância, à direita e à esquerda, as paredes, mas essas longas paredes convergem tão depressa uma para a outra, que já estou no último quarto e lá no canto fica a ratoeira para a qual eu corro.” – “Você só precisa mudar de direção”, disse o gato e devorou-o. KAFKA, Franz. Pequena fábula. In: Narrativas do espólio. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. Como é possível notar no título, Kafka brinca com o gênero textual fábula. Entretanto, isso só é possível por meio da relação criada entre a realidade convencional e a realidade própria da narrativa. Dessa forma, a fábula de Kafka e as fábulas em geral trabalham predominantemente com verossimilhança
A interna, pois o gato e o rato são dotados de fala, lógica essa com sentido apenas dentro do universo da narrativa.
B externa, pois o gato, ao resolver as lamentações do rato, devora-o impiedosamente, fato convencional à realidade.
C interna, pois o rato dirige-se diretamente à ratoeira, lógica que tem sentido apenas dentro do universo ficcional de Kafka.
D externa, pois Kafka como narrador-observador analisa a cena real, fato possível na realidade entre um gato e um rato.
E interna, pois o rato narrador-personagem conta suas experiências, lógica que tem sentido apenas dentro do universo da narrativa.
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D externa, pois Kafka como narrador-observador analisa a cena real, fato possível na realidade entre um gato e um rato.
allisonccosta:
?!
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