PENSO E PASSO
quando penso
que uma palavra
pode mudar tudo
não fico mudo
MUDO
quando penso
que um passo
descobre um mundo
não paro
PASSO
e assim que
passo e mudo
um novo mundo nasce
na palavra que penso.
(Alice Ruiz)
01- A palavra MUDO aparece duas vezes na 1.ª estrofe. Aponte o sentido dela, no 4.º e 5.º versos:
(A) transformar / transformar.
(B) deficiência na fala / silencioso.
(C) calado / silencioso.
(D) calado / transformar.
02- Assinale o que significa, para a poeta, PASSO no 10.º verso:
(A) andar.
(B) ultrapassar.
(C) passagem.
(D) espaço.
03- Identifique a melhor interpretação para o verso "um novo mundo nasce":
(A) Transformação da realidade.
(B) Surgimento de outro mundo.
(C) Nova geração aparece.
(D) Tudo é passageiro.
04- Marque a opção que melhor caracteriza o "eu lírico" desse poema:
(A) Ele é revoltado.
(B) Ele é revolucionário.
(C) Ele não é um ser acomodado diante do mundo.
(D) Ele não tem mais esperanças.
05- Aponte a ideia que os versos "e assim que / passo e mudo" estabelece com os dois últimos versos:
(A) causa.
(B) tempo.
(C) consequência.
(D) condição.
Leia o poema a seguir, de Florbela Espanca, para responder às questões 06 a 09.
FANATISMO
Minh’alma de sonhar-te anda perdida,
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e Fim!”...
06 – O poema, escrito no começo do século XX, apresenta uma linguagem comum a essa época. O verso que mais evidencia essa linguagem é
(A) Não vejo nada assim enlouquecida.
(B) Minh’alma de sonhar-te anda perdida.
(C) Que tu és como Deus: Princípio e Fim!
(D) Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
07- Dos verbos destacados nos versos a seguir, o ÚNICO conjugado na 2ª pessoa do singular é
(A) Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
(B) Ah! Podem voar mundos, morrer astros.
(C) Meus olhos andam cegos de te ver!
(D) Pois que tu és já toda a minha vida!
Leia o poema a seguir, de Sérgio Capparelli, para responder às questões 08 a 09.
EU E OS BOMBONS
Mariana passa sempre pela praça
só hoje é que não passa
e eu, aflito, com essa caixa de bombons!
Oh, Mariana, aparece, vê se passa,
dê o ar de sua graça
pois já se derretem os bombons
melam, viram pasta,
que desgraça!
E eu de guarda
com a caixa,
olho a esquina
e tu não passas, Mariana,
e gentes me olham
refletido na água
quem o bobo?
O palhaço com a caixa?
e eu não ligo
e vejo se tu passas, Mariana,
mas nada, ela não passa,
só de pirraça.
08 – O eu lírico do poema se sente aflito. O verso que mais acentua essa aflição é
(A) “e vejo se tu passas, Mariana”.
(B) “pois já se derretem os bombons”.
(C) “e eu não ligo”.
(D) “E eu de guarda”.
09 – Em um dos versos do poema, o eu lírico revela toda a sua decepção diante da situação. O verso que mais acentua essa decepção é
(A) “que desgraça!”.
(B) “dê o ar de sua graça”.
(C) “quem o bobo?”.
(D) “e eu não ligo”.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
1) Questão: Alternativa a)
2) Questão: Alternativa b)
3) Questão: Alternativa b)
4) Questão: Alternativa c)
5) Questão: Alternativa a)
6) Questão: Alternativa b)
7) Questão: Alternativa d)
8) Questão: Alternativa b)
9) Questão: Alternativa b)
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