Português, perguntado por fernandaborsoi, 1 ano atrás

Penicilina: A mãe dos antibióticos
Descoberta por acaso, ela virou segredo de guerra e é acusada de ajudar na criação de supermicróbios capazes de exterminar a humanidade. Justo a penicilina, que veio para nos salvar.

A injeção dói, é verdade. Mas alivia que é uma maravilha. Um santo remédio. Principalmente se você estiver derrubado, com a garganta cheia daquelas placas de pus que fazem com que nada passe goela abaixo, e o nariz tão entupido que qualquer golpe de vento parece sufocar. A penicilina é o primeiro antibiótico descoberto pelo homem e certamente um dia na vida você já se beneficiou dela, ainda que tenha sido apenas para limpar um ferimento. Isso para não citar o combate a infecções mais agudas, aquelas capazes de matar em pouco tempo.
A penicilina abriu caminho para as mais poderosas armas da medicina em prol da vida humana. Antes dos antibióticos, era possível morrer em decorrência de um mero resfriado, por exemplo. Segundo o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, 15 anos após a introdução dos antibióticos no mercado, no início da década de 40, 1,5 milhão de americanos foram salvos da morte. No hospital Emílio Ribas, em São Paulo, que trata somente de doenças infecto-contagiosas, as mortes por febre tifóide baixaram de 14% para 0,7% no mesmo período de tempo (os antibióticos também chegaram ao Brasil na década de 40).
Apesar de tudo isso, o elixir que mudou o curso da humanidade não teve lá muito glamour em torno de sua descoberta – muito pelo contrário. A penicilina apareceu na década de 20, assim, sem querer, a partir de uma cultura de bactérias mofadas. As pesquisas ficaram anos paradas, até que voltaram a todo o vapor: afinal, a penicilina se tornou uma espécie de segredo estratégico durante a Segunda Guerra. Apesar de salvar milhares de vidas, seu uso indiscriminado vem sendo tema de debates acalorados, pois facilita o desenvolvimento de micróbios superpoderosos que causam sérios riscos à saúde humana. A partir de agora, você vai acompanhar a saga da penicilina, heroína que depende de muito bom senso para não se tornar uma grande vilã.
Poderoso mofo
A cena se passa em 1928, no hospital Saint Mary’s, em Londres, no bagunçado laboratório do especialista em bacteriologia Alexander Fleming, um simpático senhor escocês de cabelos brancos, olhos azuis, com jeitão de professor Pardal. Durante dias, ele observava uma colônia de Staphylococcus aureus, o temido bacilo que causa infecção generalizada. Numa certa manhã, ao chegar, percebeu que havia deixado a porta do laboratório aberta e, por isso, uma de suas placas de cultivo de micróbios apresentava manchas de bolor esverdeado. O fungo provavelmente entrara pelo corredor, proveniente do andar de baixo (onde funcionava justamente o laboratório de bolores). Fleming tinha esquecido de colocar a bandeja com a cultura do bacilo na incubadora, como de costume – cansado e doido para sair de férias, o professor até pensou em deixar tudo ali mesmo na bancada, onde os bacilos poderiam crescer mais rápido.
Em vez de se chatear com o incidente da pesquisa embolorada, Fleming resolveu tirar proveito dele e observar o que tinha acontecido ali. Percebeu que o fungo Penicillium notatum havia matado as bactérias. A partir dele, extraiu a penicilina. Mas, afinal, o que havia de tão revolucionário nessa substância? Simples: como a penicilina é um bactericida que não é tóxico para o ser humano, pode ser usada para combater infecções sem enfraquecer as defesas do organismo. “Não inventei a penicilina”, dizia Fleming. “A natureza é que a fez. Eu só a descobri por acaso.”
Depois da descoberta da penicilina, Fleming ficou paranóico atrás de fungos, chegando a virar motivo de piada. Para dar continuidade a sua pesquisa, comprava qualquer objeto mofado que via pela frente, até mesmo galochas e tecido velho de guarda-chuvas, e vivia revirando a casa de amigos atrás de um ou outro bolorzinho. Fleming investia o tempo todo em estudos e aplicações do remédio em tecidos infeccionados, lavando os ferimentos na pele com a droga ou aplicando-a em olhos infectados.

PERGUNTA
releia esse trecho: a injeção dói,é verdade. Mas alivia que é uma maravilha. Que aspectos da penicilina são mostrados? identifique outros dois trechos em que isso ocorre

Soluções para a tarefa

Respondido por Liziamarcia
4
-Aspectos da Penincilina mostrados no texto .

--que após 15 anos do uso da penincilina mais de 1,5 milhões de pessoas foram salvas
----as mortes baixaram de 15% para 0,7%
---A plicilina é um baractericida que não é tóxico ao ser humano

Outro dois trechos :
--aplicação do penicilina em Fleming em tecidos infeccionados, lavando os ferimentos na pele com a droga ou aplicando-a em olhos infectados.

---0 seu uso indiscriminado facilita o desenvolvimento de super bactérias .
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