Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão
terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim
frios e temperados como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de
lá. Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por
bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente.
E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que aí não houvesse mais que ter
aqui esta pousada para esta navegação de Calecute, bastaria. Quando mais disposição para se nela cumprir e
fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa santa fé.
1. A carta de Pero Vaz de Caminha tinha como objetivo
(A) ( ) descrever a nova terra.
(B) ( ) narrar a vida dos indígenas.
(C) ( ) informar sobre a descoberta.
(D) ( ) noticiar sobre as navegações.
(E) ( ) opinar sobre o comportamento dos nativos.
2. Nesse fragmento da carta, a respeito dos metais preciosos, como ouro e prata, a informação era que havia
(A) ( ) certeza da preciosidade na terra.
(B) ( ) incerteza da preciosidade na terra.
(C) ( ) escassez desses metais.
(D) ( ) excesso desses metais preciosos.
(E) ( ) precisão na informação sobre os metais.
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Resposta:
1. (a)descrever a nova terra. ; 2. (b)incerteza da preciosidade na terra.
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