(PCP-2020) Leia o texto.
Liberdade de expressão, imprensa e cidadania
Durante o Antigo Regime, livros, jornais, gravuras e panfletos eram submetidos à censura comandada pelo Estado absolutista. Porém, algumas publicações proibidas pela monarquia eram comercializadas ilegalmente. Com a queda do governo e o fim da censura, o aumento era comercializado ilegalmente. Com a queda do governo e o fim da censura, o aumento da difusão de informações contribuiu para ampliar o debate político na França.
“Todos respiravam política na Paris revolucionária. O povo se mantinha bem informado e atento aos acontecimentos [...] lendo alguns dos sessenta e nove jornais e panfletos criados entre julho e agosto de 1789 ou discutindo em grupos as notícias dos jornais lidos em voz alta nas esquinas. As mulheres se encontravam quase diariamente nas filas de pão, nos ateliês de trabalho, nas ruas, cafés, mercados, [...] [e] discutiam com entusiasmo os assuntos da cidade. À noite, as lavanderias se encontravam na taberna para trocar impressões sobre os discursos dos oradores revolucionários. [...]
[...] Joachim Campe, um viajante alemão [...] escreveu de Paris aos seus conterrâneos manifestando grande surpresa com o ‘caloroso interesse que esta gente, que na sua maior parte não sabe ler nem escrever, demonstra pelos assuntos públicos’ e notou que ‘a participação de todos parece ser necessária para discutir acerca de tudo’[...]. As ruas e as praças de Paris se tornaram escolas de civismo e as mulheres aprendiam na prática, junto com os homens, o conceito de cidadania. Joachim Campe observou argutamente: ‘imaginem um instante o efeito [...] desta participação de todos [...] na coisa pública [...]’.
A conscientização política despertou no povo [...] o sentimento de pertencimento ao corpo político da nação. Aos poucos, aumentou o número de pessoas que perceberam o impacto da política nas suas vidas privadas. [...]
A liberdade de expressão e consequentemente da imprensa contribuíram para aguçar o interesse das classes populares pelos acontecimentos e debates políticos. [...] O artigo XI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão garantia que ‘a livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem. Todo cidadão pode falar, escrever, imprimir livremente, salvo se houver abuso dessa liberdade, nos casos determinados pela Lei.’ [...] Em todas as ruas havia uma gráfica imprimindo algum jornal, enquanto jornalistas escreviam febrilmente nos sótãos das casas.”
Fonte: MORIN, Tania Machado. Virtuosas e perigosas: as mulheres na Revolução Francesa. São Paulo: Almeida, 2013. p. 99-101.
Sobre o texto, pode-se inferir que
Escolha uma:
A. as mulheres se encontravam quase diariamente em diferentes espaços para trocar impressões sobre os discursos dos oradores revolucionários, o que influenciou na participação delas na Revolução.
B. durante o Antigo Regime, as publicações eram submetidas à censura comandada pelo Estado absolutista, contudo com a Revolução Francesa, apesar das conquistas, não houve ampliação no debate político na França.
C. apesar dos debates e divulgação das ideias revolucionárias na França do século XVIII, não houve uma conscientização política despertou no povo o sentimento de pertencimento ao corpo político da nação.
D. que todo o povo francês se mantinha bem informado e atento aos acontecimentos lendo jornais e panfletos criados entre julho e agosto de 1789 ou discutindo em grupos as notícias em voz alta nas esquinas.
E. que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão garantia que a livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem, podendo falar, escrever, imprimir livremente. Por isso, Napoleão Bonaparte fez sua publicação no governo após a tomada da Bastilha
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