Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que viu no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídea e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
— Não há nada a fazer, dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
(Carlos Drummond de Andrade. Deixa que eu conto. São Paulo. Ática, 2002)
Dr. Epaminondas considera Paulo um caso de poesia por suas mentiras serem como?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Oi, boa tarde!
a) Não deve-se concordar com a afirmação dita pela mão de Paulo, pois Paulo apenas era um menino muito criativo, repleto de imaginação, e que apenas tinha muitos pensamentos interessantes e diferentes, não podendo classificá-los como mentira.
b) "é um caso de poesia". Esta expressão indica que o menino apenas é muito criativo e apresenta sua imaginação muito fértil, podendo ter amplo dom e capacidade de escrever poesias e poemas.
c) O poema voz ativa afirma que poucas pessoas têm coragem de reproduzir o que de fato pensam, porque a maioria tem medo de ser julgada e acaba apenas reproduzindo o que ouve.
d) O imaginário no primeiro texto trata da capacidade poética das pessoas, como uma chave para as artes. No segundo texto a o imaginário é visto como uma fonte de conhecimentos e opiniões que são pouco usadas e expressas por meio do medo da rejeição.
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Resposta:
contava casos que era aquela impossível