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PAULO FREIRE: EDUCAR PARA TRANSFORMAR
“Ensinar exige saber escutar”

“Ninguém luta contra forças que não entende; ninguém transforma o que não conhece (…)” / “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”(Paulo Freire)

Neste ano de 2021, comemoramos o centenário de nascimento de Paulo Freire (1921 – 2021), o Patrono da Educação Brasileira. Em suas obras, Paulo Freire nos leva à reflexão sobre a construção de uma escola que tem como base a troca de saberes e experiências entre educador e educando, de uma maneira horizontal e democrática.

Na teoria de Paulo Freire o homem é o sujeito da história e a aprendizagem, ato revolucionário. Por meio da educação, e de maneira coletiva, o indivíduo deve tomar consciência de sua condição histórica, assumir o controle de sua trajetória e conhecer sua capacidade de transformar o mundo. Ele acreditava que a educação deveria estar comprometida com a comunidade. Por isso, ele se preocupou tanto com os oprimidos (aqueles que não tem “voz” na sociedade, mas produzem cultura), dando visibilidade a essas pessoas através do seu método pedagógico.

Ele dizia que sua principal preocupação era educar e não só alfabetizar. O seu método era baseado no diálogo, que abordava situações da vida cotidiana, e pretendia fazer com que os alunos se tornassem pessoas ativas a partir das discussões sobre o contexto em que viviam, mudando suas próprias realidades ao lutar pelos seus direitos. Ele dizia que todo seu trabalho educativo se fundava no absoluto respeito ao ser humano e que o importante era educar, não doutrinar. Logo, ele estava fazendo um ato revolucionário e por isso foi perseguido e preso durante a ditadura militar de 1964.

Ele propôs uma “pedagogia do diálogo” para horizontalizar a relação educador e educando (diálogo amoroso). Para ele, o educando tem que ter voz, tem o direito da fala na sala de aula. Ele era contra a “educação bancária”, na qual o professor fala, depositando conteúdos no aluno, como se fosse um banco. Conteúdos que não tinham sentido algum para o aluno, completamente desconexos com sua realidade. Além disso, o aluno não podia questionar nada, somente “engolir” os conteúdos.

A concepção antropológica de Paulo Freire é muito simples. Primeiro: você é um ser curioso. A curiosidade é uma categoria fundamental. Segundo: você é um ser inacabado, incompleto e inconcluso, portanto, você precisa do outro. Terceiro: se você nasceu como um ser de ligação, conectivo no mundo, você compartilha com o outro esse mundo que está em constante transformação.

Princípios da Teoria de conhecimento de Paulo Freire:
1- INVESTIGAÇÃO: Busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro do seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive. Pegar as palavras geradoras, que são aquelas palavras que o alfabetizando conhece (exemplo: se o alfabetizando for agricultor, as palavras geradoras podem ser milho, alface, enxada…)
2- TEMATIZAÇÃO: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
3- PROBLEMATIZAÇÃO: Esse é o momento culminante do método freiriano no qual o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.

Querido aluno, depois de você ler esse texto e conhecer um pouco do pensamento desse intelectual que foi tão importante para a educação brasileira, responda, com suas palavras: Por que trazer para a sala de aula Paulo Freire? Ou seja, qual é a importância do pensamento dele para você, educando?

Answer 1

Resposta:

O Paulo Freire não tinha como objetivo apenas alfabetizar, ele queria ensinar os alunos, dar voz aos mesmos, mostrar que devemos correr atrás do que queremos, ele defendia que o educando deve ter voz, não apenas escutar o professora enquanto deposita o assunto como se o educando fosse um banco. Por isso ele tinha seus principios de ensino, que eram INVESTIGAÇÃO, TEMATIZAÇÃO e PROBLEMATIZAÇÃO. Por esses e por diversos outros fatores, o Paulo Freire foi tão importante para a Educação Brasileira.

Explicação: