paraque o submarino servia
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Perante esta enumeração das capacidades da arma submarina, é imperativo que o governo, e outras entidades que zelam, ou deviam zelar, pelo Superior Interesse na Nação (a médio e longo prazo, e não gerindo calendários eleitorais) respondessem em público às seguintes perguntas:
A – Está o Governo de Portugal empenhado em conservar a capacidade, que só os submarinos permitem, de obter e recolher informações, de maneira discreta e autónoma, que são vitais para a segurança da República e dos homens e mulheres que nos representam dentro e fora do território nacional? Ou simplesmente quer evitar cobardemente que se fale nisto?
B – Está o Governo interessado em ter a capacidade de saber quem navega nas nossas águas, tanto à superfície como abaixo dela, e saber o que lá fazem e porquê? Ou pelo contrário, está disposto a abdicar da capacidade de saber se estão a fazer cemitérios clandestinos de produtos tóxicos e/ou radioactivos por meios submarinos estrangeiros?
C – Quer o Governo conservar a capacidade de colocar ou extrair pessoas, em caso de necessidade, de qualquer ponto de qualquer costa atlântica, defendendo o interesse e a segurança nacionais? Ou, pelo contrário, quer deixar cair, de forma irresponsável, essa capacidade e assim atingir estrondosamente a total e humilhante dependência dos nossos “parceiros da união”, que manifestamente nos adoram?
D – Está o Governo, sim ou não, empenhado em ter a capacidade submarina de apoiar e proteger as nossas unidades de superfície, trabalhando com elas em equipa, sejam elas fragatas, navios-patrulha, navios reabastecedores, navios hidrográficos e de pesquisa científica, unidades auxiliares da marinha ou também embarcações civis que honestamente desenvolvem a sua ingrata actividade? Se “não”, como vai o Governo justificar ou explicar, que as vidas dos marinheiros civis e militares assim como os navios que ostentam a Bandeira de Portugal são coisas descartáveis?
E – Será que ninguém repara que alguns dos nossos mais desleais adversários são nossos “parceiros” na União Europeia e que estes rejubilarão se perdermos a nossa capacidade submarina, aparecendo logo fazendo-se necessários, tomando assim o nosso legítimo e antigo lugar no mar? Que diz o Governo da constante tentativa de assalto às nossas águas oceânicas e às suas riquezas naturais e minerais?
F – Porque será que quase todos os países oceânicos prosseguem ferozmente o seu reequipamento submarino e o Governo está disposto, bacocamente, a ouvir “recomendações” desses mesmos países (europeus) no sentido da rejeição dos nossos submarinos?
G – Quer o Governo conservar o muito necessário controlo sobre o “nosso oceano”, mantendo Portugal como uma nação forte e digna, ou quer, pelo contrário, caminhar a passos largos para a irrelevância total e dar o país em “outsourcing” (porque não privatizar a polícia ou vender o Ministério Público a estrangeiros, que certamente poderiam dizer que “vocês não são eficazes a investigar o crime”?); Qual é o limite do aceitável para os políticos?
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