Para Umberto Eco, escritor e teórico italiano, a literatura não serve para nada. Com base na postura do autor e nas discussões apresentadas na primeira videoaula, analise as assertivas abaixo e assinale V (para verdadeiras) e F (para falsas).
I. A literatura mantém em exercício a língua como patrimônio coletivo. Um exemplo é a importância da Divina Comédia, de Dante Alighieri, para a evolução da língua italiana;
II. A literatura, assim como nossa vida, apresenta verdades contestáveis, prova disso é que ninguém duvida que a avó de Chapeuzinho Vermelho foi devorada pelo lobo mau;
III. Um texto literário é uma máquina de interpretações e, no curso da história, um mesmo texto continuará trazendo em seu bojo significados diferentes, atualizados por leitores de diversas épocas;
IV. As principais funções de um texto literário são, segundo o autor, além da humanização, a educação para o Fado e para a Morte, isto é, ele nos prepara para o inesperado e para as questões imutáveis da vida.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente:
Alternativa 1:
F, V, F; F.
Alternativa 2:
V, F, F; F.
Alternativa 3:
V, F, V; V.
Alternativa 4:
V, V, F; F.
Alternativa 5:
F, F, V; V.
Soluções para a tarefa
Resposta: Alternativa 3:
V, F, V; V.
Explicação: file:///C:/Users/admin/Downloads/6393-Texto%20do%20artigo-21483-1-10-20170119.pdf
Umberto Eco confirma o posicionamento de Antonio Candido ao declarar
que o homem está circundado por poderes imateriais entre os quais inclui a
tradição literária, uma vez que o complexo de textos que a constitui não foi
criado pela humanidade para atender
fins utilitaristas, “mas antes gratia sui,
por amor de si mesma”. (ECO, 2003,
p. 9). Entretanto, ainda que sejam lidos
para ampliação de conhecimentos ou até
mesmo por puro passatempo, os textos
literários exercem a função de manter
em exercício “a língua como patrimônio
coletivo” (ECO, 2003, p. 10), a qual estabelece a identidade dos membros de uma coletividade. Além disso, segundo
Eco, a literatura ensina ao homem as
inexoráveis lições da vida: “a educação
ao Fado e à morte é uma das funções
principais da literatura” (ECO, 2003,
p. 21). Portanto, as palavras de Antonio
Candido e de Umberto Eco salientam o
compromisso do professor de colocar os
jovens em contato com a riqueza da literatura e reafirmam o direito que eles têm
a um processo de formação marcado por
apelos à sensorialidade, ao imaginário
e à estesia.