Ed. Técnica, perguntado por Carlavenzo, 8 meses atrás

Para termos uma maior eliminação ou uma redução do inóculo existente, deveremos fazer o que?

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Respondido por LorraneP355
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Resposta:

RESUMO

Esta revisão aborda a importância da escolha e da adoção de práticas culturais e seus reflexos na intensidade de doenças de plantas. São apresentados conceitos básicos referente ao tema e os de rotação e monocultura. Discutem-se os princípios ou fundamentos e potencialidade do uso da rotação e do manejo integrado de doenças, as consequências da nutrição de fitopatógenos, dos eventos biológicos ocorrentes nos restos culturais, as características dos fitopatógenos potencialmente controláveis e dos não controláveis pela rotação.

Palavras-chave adicionais: Práticas culturais, manejo integrado de doenças, nutrição fitopatógenos, sobrevivência.

ABSTRACT

This review deals with the importance of the selection and use of cultural practices and their reflex in plant disease intensity. Basic concepts related to the subject and crop rotation and monoculture are presented. Principles fundaments are discussed in addition to, the potential use of crop rotation integrated disease management. The consequences of plant pathogens nutrition, biological events in crop residues, characteristics of phytopathogens potentially controlled and not controlled by rotation are also dealt.

Keywords: cultural practices, integrated disease management, plant pathogens nutrition, survival.

Conscientemente ou não, por meio da escolha e uso de cultivares suscetíveis ou resistentes e, das práticas culturais adotadas em lavouras, hortas e viveiros se pode aumentar ou reduzir a intensidade de doenças de plantas.

O manejo dos restos culturais está diretamente relacionado com o sistema plantio direto no qual toda a palhada é deixada sobre o solo. Este sistema pode criar condições favoráveis à multiplicação e a sobrevivência de fitopatógenos necrotróficos em restos culturais, pois muitos dependem dessas condições para sobreviver. Reis et al. (21) demonstraram que as doenças das culturas de lavouras, como as manchas foliares do trigo, são mais severas em plantio direto e monocultura.

A rotação de culturas está relacionada com o manejo dos restos culturais e com o período necessário a sua mineralização. Isso por que os restos culturais fornecem abrigo e nutrição aos fitopatógenos durante a fase saprofítica (3, 17, 21). Todos os fitopatógenos que sobrevivem saprofíticamente nos restos culturais dos hospedeiros [Ex. Grupo Va, McNew (11)] tem suas populações afetadas pelo plantio direto e rotação de culturas.

Conceitos básicos.

(i) Controle. É o emprego de medidas que visam impedir ou diminuir a incidência de doenças de plantas de modo a evitar ou reduzir os prejuízos causados. O controle envolve o conjunto de estratégias para minimizar os danos causados pelas doenças (9). Quando se decide controlar uma doença, deve-se ter em mente qual a eficácia de controle esperado

(ii) Controle integrado (CI). Segundo a FAO (7) (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), CI "é um sistema de manejo de organismos nocivos que utiliza todas as técnicas e métodos apropriados da maneira mais compatível possível para manter as populações de organismos nocivos em níveis abaixo daqueles que causem injúria econômica".

(iii) Manejo integrado de doenças (MID). Um ano mais tarde, a NAS (National Academy of Science) dos Estados Unidos (15) apresentou o conceito oficial de MID como sendo a "utilização de todas as técnicas disponíveis dentro de um programa unificado de tal modo a manter a população de organismos nocivos abaixo do Limiar de Dano Econômico (LDE) e a minimizar os efeitos colaterais deletérios ao ambiente". O MID satisfaz as exigências técnicas e ecológicas de sustentabilidade da agricultura.

(iv) Substrato. É o suporte e fonte nutricional onde seres vivos se abrigam e se nutrem. As fontes nutricionais dos fitopatógenos são os quaisquer órgãos da planta viva (parasitismo), sementes e frutos armazenados e restos culturais (saprofitismo).

Princípios de controle de doenças pela rotação de culturas.

A rotação de culturas reduz a densidade de inóculo dos fitopatógenos através de dois mecanismos:

(i) Supressão do alimento. A rotação de culturas age sobre a fase saprofítica dos fitopatógenos (saprofitismo) nos restos culturais das plantas hospedeiras. Pela rotação de culturas a fonte nutricional dos fitopatógenos, os restos culturais, é eliminada e consequentemente os submete a competição microbiana e inanição. O substrato ou resto cultural pode ser eliminado por várias práticas. Uma opção foi, no passado, a destruição das restevas pelo fogo. Também se usou a lavra profunda (30 cm) do solo com arado de aiveca. Entretanto, a exploração da atividade microbiana na decomposição ou mineralização do material vegetal surgiu para atingir o objetivo da eliminação do resíduo vegetal em tempos de plantio direto: o sítio de ação da rotação é o resto cultural. Sua presença indica a presença de parasitas necrotróficos do grupo Va de McNew (11) como demonstrado por Blum e Costamilan et al. (2, 5) (Figura

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