Para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho com um machado acima do pé, até que lhe chegam à veia, e como lhe chegam corre este óleo em fio, e lança tanta quantidade cada árvore que há algumas que dão duas botijas cheias, que tem cada uma quatro camadas. Este óleo [de copaíba] tem muito bom cheiro, e é excelente para curar feridas frescas, e as que levam pontos da primeira curam, soldam se as queimam com ele, e as estocadas ou feridas que não levam ponto se curam com ele, sem outras mezinhas; com o qual se cria a carne até encourar, e não deixa criar nenhuma corrupção nem matéria. Para frialdades, dores de barriga e pontadas de frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algumas pessoas querem afirmar que até no vidro míngua; e quem se untar com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudicial.”(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Edusp, 1987, p. 202-203.) O texto, escrito por um viajante português ao Brasil em 1587, indica a percepção de características dos nativos, como:
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Resposta:
letra A
Explicação:
O autor, quando se refere ao óleo extraído da copaíba (árvore da flora amazônica) e às múltiplas qualidades terapêuticas que lhe eram atribuídas, fundamenta-se no conhecimento dos indígenas sobre a Natureza e suas possibilidades medicinais. O texto transcrito também se relaciona com a produção, pelos nativos, de recipientes de cerâmica (alusão às “vasilhas não vidradas”)
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