Para saber mais sobre o tema Religião e Política, leia também o artigo de Ricardo Chapola - Religião e política: na eleição de 2018 e em outras disputas. O autor em suas pesquisas observa que a política e a religião sempre andaram de mãos dadas, durante séculos, a Igreja e as monarquias eram praticamente uma única instituição. Segundo o autor, “No Brasil, sob a colonização de Portugal e mesmo depois da Independência, em 1822, durante o Império, não foi diferente. E isso durou até 1890, logo após a proclamação da República. Naquele ano, o país adotou a ideia do Estado laico, que consiste na divisão formal entre Igreja e Estado. Isso aconteceu por força do decreto nº 119-A, de autoria do então presidente Marechal Deodoro da Fonseca. Hoje, a Constituição Federal de 1988 cita a palavra Deus em seu preâmbulo, mas mantém a ideia de que o Estado não pode se manifestar religiosamente.
Soluções para a tarefa
De acordo com o conceito de ação social de Max Weber e a atual realidade política do Brasil:
Para Weber, a ação social é, antes de tudo, a conduta do comportamento individual no contexto do grupo social. Para ele, havia um nexo entre as ações individuais, a transformação e a estabilidade da sociedade.
Weber investigou, sobretudo, o ponto em que certas crenças religiosas constituíam-se em determinantes da conduta econômica e, portanto, em causa de transformações econômicas.
Foi um dos principais defensores da íntima ligação do protestantismo e o espírito capitalista, ao considerar a importância da religião ou da mentalidade religiosa na configuração da economia política.
Para ele, o moderno sistema econômico teria sido impulsionado por uma mudança comportamental provocada pela Reforma Luterana do Século XVI, de onde emergiu a linha calvinista com seu forte senso de predestinação e vocação para o trabalho.
O trabalho vocacional aparece como uma tarefa ordenada por Deus, na qual cada indivíduo deve adaptar-se a ela. O homem precisa trabalhar todos os dias, mesmo o rico, para cumprir sua destinação, para a glória de Deus.
Daí o papel importante do protestantismo, na medida em que a riqueza pessoal passou a ser justificada pela moral e ética religiosa, não sendo mais condenável acumular riquezas e prosperar financeiramente. A justificação do homem veio através da fé e à dedicação ao trabalho.
No Brasil, as relações entre religião, políticas e Estado estão interligadas, estando a imagem de um político socialmente relacionada ao seu vínculo religioso, acarretando assim, em perda de votos aos políticos que afirmassem não possuir crenças religiosas.
Bons estudos!