Para repórter a travessia das crianças ribeirinhas no Rio Amazonas não é um simples deslocamento até a escola e também um deslumbramento porque ela chegou a essa conclusão as crianças parecem ter a mesma sensação que a repórter tem porquê???
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Resposta:
Não há tempo a perder porque as aulas começam às 13h. Nas casas mais isoladas, agora, é fácil com tanta água. O barco só falta entrar na varanda, mas, na seca, quando o rio baixa.... "Quando ele está mais seco, fica muito baixo. Fica difícil entrar aqui, e os alunos vêm por canoa aqui fora. Fica difícil para nós”, conta o piloto do barco Francisco de Assis dos Santos.
O piloto atraca o barco às 13h15. Teve um atraso na viagem de 15 minutos, mas o importante é que o barco chegou. Os alunos já estão descendo e indo para a escola.
Mas o que acontece com as irmãs que vão e vêm de canoa, no Rio Negro, em Novo Airão? Elas não têm transporte escolar. A mãe delas, a dona de casa Ângela Farias, conta que todo dia é assim, de segunda à sexta. "Eu sempre digo para elas. Quando elas veem que vem chuva, se amanhece o dia, e eu vejo que o tempo está feio, eu não deixo ir".
A estudante Maria Francisca Farias, de 14 anos, a mais velha das três irmãs, pilota a canoa. São 20 minutos para ir e 20 para voltar. "Quero me formar para ser uma professora. É isso que eu quero. Quero conhecer os outros ribeirinhos”, revela .
O mundo das águas ainda está para ser descoberto. Voltamos a bordo do barco Rodrigues Alves, rumo a Belém. Placidamente, deslizamos pelo Amazonas, farto e acolhedor.
"Eu dormi a noite todinha, sem medo. Você nem sente que está dentro de um barco, como no ônibus ou em um avião. Eu tenho mais medo do avião do que do barco", conta a dona de casa Maria de Nazaré Cordovil. "Eu vinha pensando ainda agora: ninguém cavou para ficar fundo. Ninguém botou a água. Deus fez essa natureza".
Depois de dois dias de viagem, nos despedimos do rio e chegamos ao porto de Belém.
Nossa viagem está chegando ao fim. Conhecemos pessoas, histórias e paisagens de um pedaço muito especial do Brasil. É uma viagem que vai deixar saudade, daquelas em que o melhor não é a partida, nem a chegada. O melhor é o caminho.
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