Para que servem as nctis?
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A lenda surgiu de um mal-entendido. Em muitos feudos, os senhores autorizavam o casamento dos servos com um gesto simbólico, colocando a mão ou a perna na cama dos noivos – a tal "pernada". Citações a essa tradição foram mal interpretadas por historiadores, que acharam ter encontrado provas da exploração sexual das camponesas. "É um exemplo impressionante de certas interpretações baseadas apenas em jogos de palavras", escreveu a historiadora Régine Pernoud.
Apesar do pouco fundamento, a história é poderosa e duradoura. "O conteúdo sexual do "direito de pernada" faz com que ele se prenda na memória”, diz o historiador francês Alain Boureau, que dedicou um livro inteiro a derrubar esse mito. "É uma história que fascina por sua total alteridade; por alimentar a fantasia de um consentimento institucional e até jurídico à violência" [1]). Por causa desse enorme poder de provocar indignação, o "direito de pernada" é uma ótima ferramenta para quem pretende mostrar como era detestável e bárbaro um povo ou seu líder. Tanto que é usado muito antes do Medievo. É o caso da Epopeia de Gilgamesh, uma das primeiras obras literárias da história do mundo, escrita na Mesopotâmia há 4 mil anos. Gilgamesh é descrito como um rei opressor, cuja "luxúria não poupa uma só virgem para seu amado; nem a filha do guerreiro nem a mulher do nobre". No século V a.C., o grego Heródoto, "o pai da História", conta que na tribo dos adyrmachidae, da Líbia, todas as noivas eram enviadas ao rei, que escolhia aquelas com quem gostaria de passar a noite.
Explicação:
Está é um história que marca o tempo medieval e nos ajuda a voutar no tempo!
espero ter ajudado
Apesar do pouco fundamento, a história é poderosa e duradoura. "O conteúdo sexual do "direito de pernada" faz com que ele se prenda na memória”, diz o historiador francês Alain Boureau, que dedicou um livro inteiro a derrubar esse mito. "É uma história que fascina por sua total alteridade; por alimentar a fantasia de um consentimento institucional e até jurídico à violência" [1]). Por causa desse enorme poder de provocar indignação, o "direito de pernada" é uma ótima ferramenta para quem pretende mostrar como era detestável e bárbaro um povo ou seu líder. Tanto que é usado muito antes do Medievo. É o caso da Epopeia de Gilgamesh, uma das primeiras obras literárias da história do mundo, escrita na Mesopotâmia há 4 mil anos. Gilgamesh é descrito como um rei opressor, cuja "luxúria não poupa uma só virgem para seu amado; nem a filha do guerreiro nem a mulher do nobre". No século V a.C., o grego Heródoto, "o pai da História", conta que na tribo dos adyrmachidae, da Líbia, todas as noivas eram enviadas ao rei, que escolhia aquelas com quem gostaria de passar a noite.
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