para que os conhecimentos dos indígenas eram necessários para os portugueses?
Soluções para a tarefa
Resposta:
O uso da mão de obra indígena escravizada era uma prática comum na Amazônia colonial desde sua ocupação pelos portugueses. Porém, em 1755, o rei português declarou a ilegalidade do cativeiro dos habitantes da Amazônia (medida estendida para o restante do Brasil em 1757), fazendo com que a prática fosse desincentivada.
Até a abolição do cativeiro indígena em 1755, a escravização do braço nativo era considerada legal em parte pelas chamadas Guerras Justas, permitidas no caso de índios cometerem hostilidades contra missionários que entrassem no sertão com o propósito de pregar o evangelho, quando houvesse temor de que índios atacassem as terras portuguesas ou quando praticassem hostilidades contra os colonizadores. Em parte pelos resgates, que eram negociações, nas quais índios prisioneiros – de guerras intertribais ou aprisionados para serem comidos em rituais antropofágicos – eram trocados por mercadorias. O status de escravo dos indígenas seria consequência dessas guerras e desses resgates, com a transformação dos prisioneiros em cativos.
Historiadores argumentam que a principal motivação para a declaração da Lei de Liberdade dos Índios seria o interesse português em garantir a posse efetiva do território amazônico, transformando os escravos em súditos da Coroa.
Porém, mesmo após a abolição, as atividades econômicas da Amazônia portuguesa continuaram a ter como elemento básico a exploração da força de trabalho indígena, inclusive na forma da escravidão. Por esse motivo, uma certa quantidade de índias e índios entrou na justiça para provar a quebra da lei e garantirem sua liberdade. A decisão de acessar os tribunais costumava ter relação com a vontade de trabalhar nas casas dos colonos, o que era preferível ao trabalho nas lavouras de mandioca e algodão; foi uma opção viável também para aqueles que tinham crianças pequenas e queriam manter a família unida, o que dificultaria a execução de fugas e de revoltas.