“Para os frankfurtianos, contrários ao sistema capitalista, a irracionalidade do ser humano consistiria na utilização
de seu conhecimento para fins unicamente instrumentais, voltados para o acúmulo de lucros e riquezas. Assim,
manifestaram suas restrições ao progresso científico, que determina a sujeição dos indivíduos autômatos a um sistema
totalitário, que encontra na uniformização da indústria da cultura o seu mecanismo dissimulado do poder. [...] É possível
afirmar que, para essa corrente, o fato de o ser humano ser dotado de inteligência não o torna necessariamente um ser
racional. A irracionalidade pode constituir uma dimensão constante na vida se não for desenvolvida uma consciência
autocrítica, que esteja sempre direcionada para a própria liberdade. [...] Para Adorno, a denominada indústria
cultural encontra-se voltada unicamente para a satisfação dos interesses comerciais dos detentores dos veículos
de comunicação, que veem a sociedade como um mero mercado de consumo dos produtos por eles impostos, dando
origem a um processo de massificação da cultura”
(CHALITA, G. Vivendo a filosofia: ensino médio. 4.a ed. São Paulo: Ática, 2011, p. 394-397)
Com base nas afirmações acima, assinale o que for correto.
01) A crítica da Escola de Frankfurt ao capitalismo está na sua prática que visa ao lucro e utiliza a razão como
instrumento para esse fim.
02) O otimismo de Adorno em face da indústria cultural está em que ela pode, por meio dos recursos da mídia,
alcançar meios de divulgação em massa.
04) Para a Escola de Frankfurt, a razão é inata e o mais compartilhado dos bens.
08) A Escola de Frankfurt associa o domínio científico, proporcionado pelo desenvolvimento racional do homem, como
o domínio político.
16) Para a Escola de Frankfurt, a utilização da razão não pode ser apenas instrumental, mas crítica de si mesma
Soluções para a tarefa
Na obra intitulada "Dialética do Iluminismo", também traduzida como "Dialética do Esclarecimento", Adorno e Horkheimer, filósofos da Escola de Frankfurt, teorizaram sobre o conceito de Indústria Cultural, embora apresentando teses distintas sobre o assunto (1 +16 = 17).
Os pensadores, em pleno século XX, cunharam a "crise da razão humana", pois, para eles, o cenário de guerras não representava o homem segundo a sua racionalidade.
A razão humana, durante toda a Filosofia, era sinônimo do agir correto, do limite quanto às paixões, do dever ético. Porém, o contexto mostra que a razão humana é falha e foi manipulada socialmente para o mal.
Theodor Adorno contrapõe "indústria cultural" e "cultura de massa". Para ele, "indústria cultural" é um bem cultural apropriado pelo sistema capitalista, fazendo com que o povo consuma a arte capitalista sem consciência de que seu gosto está sendo coisificado e massificado, a fim de ser ponte para o lucro do empreendimento capitalista.
A partir do processo de mercantilização da cultura, não há cultura de massa, ou seja, cultura própria do povo. O que existe são culturas em formatos de bens que são usadas para enriquecimento da classe elitizada e a arte, uma ferramenta de manipulação para favorecer o consumo selvagem.
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