Para onde vão os vaga-lumes?
– Vô, para onde vão os vaga-lumes?
– Boa pergunta, hein?
– Então responde, vô: eles ficam aí piscando quando anoitece, depois desaparecem.
Vão para onde?
– E como é que vou saber? Se eles falassem, eu pegava um e perguntava, mas...
– É que você sabe tanta coisa, né, vô...
Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-lumes e por que bem-te-vi canta triste.
– Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é verdade, também não sei por quê.
– Então você também não deve saber por que minhoca não tem cabelo, né?
– Isso dá pra presumir, né: como vive debaixo da terra, cabelo pra quê?– Então você tá bem desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?
– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?
– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber por que cai estrela cadente. É por cansaço?
PELLEGRINI, Domingos. In: Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 48-49, p. 206-207. Fragmento.
No trecho “– Boa pergunta, hein?” (ℓ. 2), a palavra destacada é marca da linguagem
A) coloquial.
B) jornalística.
C) literária.
D) técnica
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Explicação:
e a a eu fiz algumas pesquisaas
kauanyocampos123:
se estiver certo me da melhor resposta por favor
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