"Para o Conselheiro, o objetivo do novo governo era o ‘extermínio da religião (...) esta obra-prima de Deus que há dezenove séculos existe e há de permanecer até o fim do mundo’, pois ‘a república é o ludíbrio da tirania para os fiéis’ e ‘por mais ignorante que seja o homem, conhece que é impotente o poder humano para acabar com a obra de Deus’. E continua: ‘O presidente da república, porém, movido pela incredulidade que tem atraído sobre ele toda sorte de ilusões, entende que pode governar o Brasil como se fora um monarca legitimamente constituído por Deus; tanta injustiça os católicos contemplam amargurados.’" (HERMAN, Jacqueline. Religião e política no alvorecer da República. IN: O Brasil republicano, volume 1)
Recuperando umas das pregações de Antônio Conselheiro é possível que as indignações que contribuíram para a formação do arraial de Canudos se nutrem também de motivos religiosos. Na visão de Conselheiro, a República aparece como governo ilegítimo porque:
Opção A Traz consigo grandes desigualdades aos fiéis.
Opção B Representa uma ruptura com a ordem monárquica.
Opção C Não diz respeito às elaborações do cristianismo popular.
Opção D Marca a impotência do ser humano diante da criação divina.
Opção E Representa o fim de uma organização social e política baseada na religião.
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Resposta:
A opção C
Não diz respeito às elaborações do cristianismo popular
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