Para Marx O que significa o processo da história?
a)É a relação entre o proletariado e a burguesia.
b)É a relação do proletariado com os meios de produção.
c)significa a concentração dos bens na burguesia,excluindo o proletariado dos lucros.
d) É o processo de formação de uma sociedade voltada para o capitalismo.
e) É o produto do seres humanos ao produzir suas vidas.Ao produzir vidas se produz história.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A resposta é a A.
Explicação:
Para Marx, a luta de classes é o grande motor da história. A intensa opressão de um grupo sobre outro forjaria no grupo oprimido a capacidade de revolucionar as relações sociais e mudar o modelo econômico. A burguesia havia realizado a transição do feudalismo para o capitalismo quando se opôs à aristocracia por quem era oprimida. O proletariado faria a transição do capitalismo para o socialismo quando se opusesse à burguesia que o oprimia. Para Marx, o proletariado era inerentemente revolucionário, sendo necessário que atingisse a consciência de classe, ou seja, a compreensão de sua condição comum de explorado, e se organizasse politicamente para destruir o capitalismo e construir um modelo econômico igualitário que conduzisse à autonomia, ao livre associativismo, à liberdade de não ser limitado a uma ocupação profissional específica ou a ter de trabalhar de maneira extenuante para garantir o próprio sustento.
Proletariado para Max é sinônimo de classe trabalhadora ou classe operária. A exploração dessa classe é a fonte de lucro de sua opositora, a burguesia. O trabalho do proletário agrega valor ao produto final, porém o capital gerado pelo valor agregado que imprime ao produto não retorna a ele de nenhuma forma. Seu salário não corresponde à importância do seu papel no sistema produtivo. Além disso, sua sujeição à vontade do empregador e a maneira como é desenvolvido o processo de produção, fragmentado em etapas, com as pessoas se adaptando ao ritmo das máquinas, desumanizam-no.
A classe burguesa, por meio da ideologia, que Marx chama de falsa consciência, distorce a realidade para que aos trabalhadores as injustiças sofridas pareçam naturais, normais e imutáveis e os dissabores do trabalho sejam percebidos como falhas individuais, ausência de empenho e de força de vontade. O antídoto para romper esse ciclo seria o desenvolvimento da consciência de classe por parte dos proletários, seguido da organização política. Esses passos foram alcançados em alguma medida e tiveram como resultado a ampliação da proteção trabalhista por parte dos Estados, mas o modelo econômico continuou a ser capitalista. Para conhecer mais sobre a vida e obra desse que é um dos sociólogos clássicos, leia o texto: Karl Marx.
Proletariado e a burguesia
A ideia de antagonismo entre as classes sociais, chamadas de proletariado e burguesia, provém da teoria proposta por Marx para analisar o capitalismo. A dimensão real desse antagonismo é contemporânea a esse autor, posto que no século XIX ocorreram as primeiras grandes greves e movimentos operários e sindicais. Essas greves abrangiam não só o questionamento de suas condições precárias de trabalho, mas exprimiam o desejo de autonomia na provisão de sua subsistência. Além de Marx, outros autores também sistematizaram ideias convergentes às reivindicações dos proletários, tais como Mikhail Bakunin e Piotr Kropotkin, pensadores anarquistas.
As greves dos proletários foram violentamente suprimidas, mas geraram resultados. Ao longo do século XX, muitos Estados desenvolveram legislações trabalhistas e regulamentaram sindicatos — associações de trabalhadores com espaço de interlocução com agentes do governo e empresariado a fim de mediar e resolver os conflitos trabalhistas por meio de negociação em lugar da repressão. Nos países europeus onde surgiram a indústria e o proletariado, palcos das primeiras e grandes greves, a condição de vida desse grupo melhorou no século XX, principalmente comparada aos séculos XVIII e XIX. Já no século XXI há uma regressão nesse processo. Em muitos países houve flexibilização das leis trabalhistas e novas ocupações que estão surgindo são alvo de precarização.
O antagonismo entre burguesia e proletariado é administrado majoritariamente pelo Estado. As greves são, até hoje, o principal mecanismo de pressão de trabalhadores sobre patrões. As mudanças, especialmente as tecnológicas, influem diretamente nas relações de trabalho e impõem novos desafios de mediação ao Estado.
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Resposta:
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