Para Jürgen Habermas, a patologia da modernidade só pode ser compreendida se distinguirmos sistema (a racionalidade sistêmica formada essencialmente do universo da economia, da administração e do Estado) de mundo vivido (constituído tanto no âmbito da vida privada quanto no aparecer, discutir e manifestar-se em público, quer dizer, da “esfera pública”). Este último é o que garante a coesão social e onde a língua demonstra seu caráter vivo, pulsante, mutante a cada nova realidade social, construindo relações implícitas, subentendidas, irônicas e insubmissas; este mundo é fonte para os fatos que vão chegar ao sistema como expressões explícitas. Já o sistema busca progressivamente colonizar o mundo vivido, suprimindo-lhe assim seu sentido e sua liberdade inerentes, operando de maneira formal, impessoal, no sentido de desintegração dos laços de solidariedade social; sua linguagem é a da racionalidade uniformizante e sua meta, o sucesso.
Para Habermas, a esfera pública é o espaço do debate e da troca de ideias na sociedade. Nas sociedades contemporâneas, essa esfera democrática
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querp saber tmb
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