Filosofia, perguntado por crisbonandi26, 11 meses atrás

Para Espinosa como se explicaria o movimento dos corpos, haja visto que não existe mais a figura de uma alma como recheio do corpo?

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Respondido por elamambretti
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Espinosa é um filósofo racional. Para ele, é possível compreender a totalidade do real por meio da razão. A compreensão do todo não é um simples exercício intelectual: é um exercício de liberdade.

Se Deus é onipresente, não há como imaginá-lo fora do mundo. O divino faz parte de tudo o que existe no mundo natural. Não é, pois, transcendente, mas sim imanente. Na verdade, Ele é a própria Natureza, o conjunto de todos os seres, vivos ou não, e claro, os humanos, suas mentes e seus corpos.

Trata-se, assim, de um pensamento monista e naturalista. Deus ou a Natureza, é uma substância única que tem atributos, isto é, qualidades essenciais, infinitas, que constituem o seu ser, dos quais nós, humanos, conhecemos dois: a extensão, que é a essência da concretude, da materialidade e o pensamento, que é a essência da compreensibilidade, da inteligibilidade.

Os atributos se manifestam por dois modos ou maneiras finitas de expressão. Em termos de ser humano, o atributo extensão se expressa por meio do corpo. Dizemos então que nosso corpo é um modo finito do atributo extensão da substância única, Deus, ou a Natureza. Já nossa mente, nossa alma é um modo finito do atributo pensamento dessa mesma substância.

Assim, Deus é a única substância, pensamento e extensão são atributos de uma única e mesma coisa. Mente e corpo são um só, isto é, são modificações de uma mesma substância que se mostra ora como mental, ora como material.

Bons estudos!

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