Para Charaudeau e Maingueneau, a metáfora é uma figura do discurso e possui funções discursivas: a) uma função estética: ornamentar o discurso, sobretudo o literário; b) uma função cognitiva: explicação por meio de analogias de algo novo ou de pouco conhecimento; c) uma função persuasiva: os diversos discursos – políticos, morais – usam a metáfora como forma de impor opiniões de maneira não explícita.Nos versos “eu vim da selva, eu sou leão, eu sou demais pro seu quintal”, percebemos a utilização de várias metáforas que demonstram ter tido a valentia do eu-lírico origem na situação extremamente adversa em que ele vive (selva). “Quintal” é outro termo que conota de forma interessante a visão do eu-lírico sobre as pretensões do branco, causando um efeito retórico bastante incisivo. Com base nisso, assinala a alternativa que contém uma metáfora com a correta interpretação de a que essa figura de linguagem se refere.
a-) “olha o castelo, irmão” – as promessas de igualdade a todos os cidadãos independentemente de etnia ou status social.
b-) “Ei, senhor de engenho, eu sei” – alusão aos contínuos casos de exploração de trabalhadores em regime (semi)escravo nas localidades mais remotas do país.
c-) “Você não, ‘cê não passa, quando o Mar Vermelho abrir” – crítica à falta de valores religiosos da classe média branca em contraposição ao crescimento da religião evangélica nas classes menos abastadas.
d-) “mas não pode arrancar, de dentro dele, a favela”– persistência do preconceito contra o favelado, embora uma situação econômica mais favorável.
e-) “Eu visto preto por dentro e por fora” – referência respectivamente ao luto pela situação (atual) do negro no país e à construção de uma identidade negra pelo autor.
Soluções para a tarefa
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Letra b.
A metáfora realiza o que podemos evidenciar como comparação implícita, em que temos a presença de uma comparação feita sem utilizar palavras de forma direta.
Assim sendo, podemos afirmar que a metáfora está presente na letra b, onde temos o tratamento de uma pessoa pelo uso da figura do 'senhor de engenho", porque nesse momento é feita uma comparação implícita entre a atualidade e a realidade que existia séculos atras diante da escravidão.
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