para Agostinho como se dava a relação entre fé e razão
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Agostinho afirma nas Confissões que aderiu à fé católica depois de ter percebido claramente, mais com o «bom senso» natural do que com profundas reflexões filosóficas, o quanto era razoável o passo que se propunha dar. Antes da adesão formal à fé cristã, tinha vencido etapas importantes no seu itinerário para a verdade e que constituíram outras tantas premissas racionais em relação à mesma fé, como sejam, a existência, a imutabilidade e providência de Deus - motivos de credibilidade com que se apresentam as Escrituras e a Igreja. Uma vez recuperada a fé, faltava-lhe pôr-se em dia com as exigências da razão no ulterior esclarecimento de problemas para cuja solução só dispusera da mesma fé: espiritualidade e inteligibilidade de Deus, o problema do mal, etc. A descoberta dos Neoplatónicos permitiu-lhe compreender racionalmente, filosoficamente, outras verdades, antes só por fé conhecidas, e que, deste modo, confirmadas agora pela razão, vieram promover uma ulterior e mais plena adesão ao seu Deus.
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