Para a realização da primeira questão é necessária a leitura dos textos abaixo:
TEXTO 1:
Trecho do Laudo técnico preliminar do IBAMA: Impactos ambientais decorrentes
do desastre envolvendo o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana,
Minas Gerais.
Disponível em:
http://www.ibama.gov.br/phocadownload/noticias_ambientais/laudo_tecnico_preliminar.pdf.
Acesso em 13 Abr. 2016.
“De acordo com o Glossário da Defesa Civil Nacional, “desastre” significa: resultado de
eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema, causando
danos humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais.
A intensidade de um desastre depende da interação entre a magnitude do evento e o grau
de vulnerabilidade do sistema receptor afetado (CASTRO, 1990 in TOMINAGA, SANTORO
e AMARAL, 2009 – p. 14). Os desastres classificam-se quanto à intensidade, evolução e
origem. O desastre em análise, quanto à intensidade, classifica-se como Desastre de Nível
IV, “desastre de muito grande porte”, conforme classificação da Defesa Civil. Os desastres
desse último nível são caracterizados quando os danos causados são muito importantes e
os prejuízos muito vultosos e consideráveis. Nessas condições, esses desastres não são
superáveis e suportáveis pelas comunidades, mesmo quando bem informadas,
preparadas, participativas e facilmente mobilizáveis, a menos que recebam ajuda de fora
da área afetada, como foi o caso. Nessas condições, o restabelecimento da situação de
normalidade depende da mobilização e da ação coordenada dos três níveis de governo
(municipal, estadual e federal) e em alguns casos, até de ajuda internacional. Quanto à
evolução, o rompimento da barragem de Fundão classifica-se como súbito, ou seja,
caracteriza-se pela subtaneidade, pela velocidade com que o processo evolui e pela
violência dos eventos adversos causadores dos mesmos. No dia 05/11/2015 ocorreu o
rompimento da barragem de Fundão, pertencente ao complexo minerário de Germano, no
município de Mariana/MG. A barragem continha 50 milhões de m³ rejeitos de mineração
de ferro. Trata-se de resíduo classificado como não perigoso e não inerte para ferro e
manganês conforme NBR 10.004. Trinta e quatro milhões de m³ desses rejeitos foram
lançados no meio ambiente, e 16 milhões restantes continuam sendo carreados, aos
poucos, para jusante e em direção ao mar, já no estado do Espírito Santo. Portanto, podese
dizer que o desastre continua em curso.”
TEXTO 2:
Trecho do Relatório de Expedição ao Rio Doce: A tragédia do Rio Doce: o povo, a
lama e a água.
Disponível em:
http://giaia.eco.br/wp-content/uploads/2016/04/UFMG_UFJF_RelatorioExpedicaoRioDoce_v2.pdf
Acesso em 13 Abr. 2016.
“O rompimento da barragem de Fundão tem sido considerado por diversas agências de
risco (p.e. Bowker Associates) o maior desastre ambiental da história do Brasil. A tragédia
provocou 17 mortes de pessoas, dois desaparecimentos e um conjunto incalculável de
prejuízos às cidades e povoados das margens do rio Doce e nas extensas áreas rurais ao
longo de mais de 500 km do rio Doce (formador da quinta maior bacia do país). Estima-se
que foram escoados cerca de 60 bilhões de metros cúbicos de rejeitos liquefeitos, com
impactos ainda mal avaliados até o momento. Com isso, uma série de danos ambientais de
altíssima magnitude e prejuízos incalculáveis para o meio físico, biótico e socioeconômico
vêm sendo mostrado por jornais, institutos de pesquisa, universidades, órgãos públicos e
organizações independentes. As informações divulgadas pela mídia dizem que a lama é
composta de água, areia, ferro, resíduos de alumínio, manganês, cromo além das suspeitas
de presença de mercúrio. Essas substâncias causam danos à saúde humana, pioram a
qualidade da água dos mananciais atingidos; destroem matas ciliares e pesqueiros
essenciais à pesca artesanal; asfixiam espécies aquáticas e eliminam microorganismos do
fundo do rio; comprometem faixas de terras nas margens (soterradas por material inerte).
A recuperação da biodiversidade pode levar décadas, o assoreamento pode ser irreversível
em muitos trechos do leito do Doce, assim como a extinção de espécies típicas do rio pode
ser irreversível, como nos diz Ricardo Coelho, ecólogo (UFMG). Como um tsunami, a
tragédia atingiu os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo (município de
Mariana) e pode provocar o surgimento de estranhos desertos de lama.”
Tomando por base os dois textos acima, você acredita que os padrões atuais de
responsabilidade social e ambiental empresarial são suficientes para mitigar os
impactos causados em desastres como o citado? Justifique.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Os padrões socioambientais geralmente são
somente uma limitação básica em que as instituições devem seguir para evitar
grandes problemas, dificilmente são implantados padrões mais severos para que
não tenha conflito com as corporações que detêm grande poder econômico e
influencia politica, então o melhor seria as empesas terem sua própria
responsabilidade socioambiental, pois certamente somente alguns padrões não são
suficientes.
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