Para a igreja católica, no período da idade média quem era os herejes?
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Hereges não existiram apenas na Idade Média, mas antes e depois dela também. Assim eram chamados os seguidores de seitas cristãs que professavam crenças incompatíveis com a doutrina oficial pregada pela Igreja. Houve, por exemplo, o "montanismo" (do nome de seu fundador, Montano), em pleno século II, quando os cristãos ainda eram perseguidos no Império Romano e a Igreja ainda não era uma instituição centralizada: os membros dessa seita acreditavam receber diretamente o Espírito Santo e novas revelações, de modo que o "verdadeiro" cristianismo só estaria começando com eles. Por volta da mesma época houve também o "marcionismo" (fundado por Marcion), que rejeitava o Antigo Testamento e tinha tendências anti-semitas. Houve muitas outras, mas talvez a seita herética mais famosa seja a dos "cátaros" (em grego, "puros", como eles se auto-intitulavam), que negavam a divindade de Cristo, considerando-o apenas mais um profeta, e acreditavam que a finalidade da existência humana na Terra era a expiação de pecados, que seria realizada através de sucessivas reencarnações. Essa seita sim era da Idade Média (século XI). Em geral, os movimentos heréticos eram combatidos e eliminados pela Igreja, fosse através de ações de catequização ou de repressão violenta, caso em que eram mobilizados os exércitos regulares de alguns reinos europeus cujos reis fossem fiéis ao Papa.
Os hereges eram considerados todos aqueles que não seguiam às normas/restrições impostas pela Igreja Católica, ou seja, qualquer um que entre em conflito com os ideais pregados por ela.