Papos
– Me disseram...
– Disseram-me.
– Hein?
– O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
– Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
– O quê?
– Digo-te que você...
– O “te” e o “você” não combinam.
– Lhe digo?
– Também não. O que você ia me dizer?
– Que você está sendo grosseiro, pedante e chato.
E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a
sua cara. Como é que se diz?
– Partir-te a cara.
– Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me
corrigir. Ou corrigir-me.
– É para o seu bem.
– Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me.
Falo como bem entender.
Mais uma correção e eu...
– O quê?
– O mato.
– Que mato?
– Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te.
Ouviu bem?
[...]
Sabendo que o texto de Luis Fernando Verissimo é
uma crônica, considere as alternativas a seguir e assi-
nale aquela que não caracteriza o texto.
a Coloquialidade.
B Prolixidade.
c Humor.
D Temática cotidiana.
e Presença de personagens.
Soluções para a tarefa
Respondido por
11
questão B) Prolixidade
Respondido por
10
ironizar o falso conhecimento que o outro personagem tem das regras de colocação pronominal.
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