países e quantas mobilidade urbana
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Imagine morar em uma cidade onde existem mais bicicletas do que pessoas? Em Amsterdã, na Holanda, as bikes não são apenas maioria, como também tem prioridade no trânsito: boa parte da população se locomove diariamente pelas ciclovias, e os ônibus e outros veículos param para dar passagem aos ciclistas. O estímulo ao transporte não motorizado é um dos traços que caracteriza as melhores cidades do mundo em mobilidade. Além disso, a implantação de sistemas que priorizam a integração entre os modais faz com que o trânsito seja mais fluido e prático, com conexões reais entre os diferentes meios de transporte. Elencamos sete cidades do mundo reconhecidas pela eficiência nessa área. Confira abaixo:
Mundialmente famosa por sua cultura de valorização da bicicleta, a capital da Dinamarca é considerada a melhor cidade do mundo para quem utiliza as bikes como meio de transporte. A mobilidade urbana é garantida pelo fácil deslocamento dos moradores pelas vias de acesso às regiões centrais. Os números ajudam a entender o cenário: 50% dos habitantes deslocam-se diariamente de bicicleta para ir trabalhar ou estudar, e 63% dos membros do parlamento dinamarquês também. Aliado ao uso das bikes, Copenhague oferece outros exemplos de projetos bem sucedidos que ajudam a melhorar o deslocamento pela cidade. O sistema de sinais de tráfego inteligentes, por exemplo, consegue identificar a aproximação de veículos na rodovia (sejam eles bicicletas, carros ou ônibus). O sinal detecta quantos ciclistas estão se aproximando do cruzamento. Se há um grupo muito grande, permanece aberto por um tempo um maior para permitir que todos cruzem a rodovia. Assim, é capaz de organizar melhor o fluxo.
Berlim, na Alemanha
A diversidade de modais disponíveis e a facilidade de acesso é a principal característica da mobilidade urbana em Berlim. Lá, trens, ônibus, metrôs, carros e bicicletas circulam em harmonia. Os moradores da capital alemã fazem, em média, 3,5 viagens por dia, e a taxa de tráfego de pedestres é semelhante à taxa de tráfego de automóveis. Cerca de 13% das rotas são feitas de bicicleta, e a preferência pelo transporte público aumenta a cada ano. Entre 2001 e 2011, o número de usuários do transporte público cresceu mais de 20%. Em 2014, foram mais de 978 milhões de passageiros.
Um dos componentes importantes das políticas públicas de Berlim para o transporte tem sido o planejamento das vias para bicicleta e pedestres. A cidade construiu mais de 1000 quilômetros de ciclovias e o número de ciclistas aumentou mais de 40% entre 2004 e 2012. Em média, moradores de Berlim andam ou pedalam em 40% das suas viagens. Outra importante iniciativa da cidade alemã são os projetos de carros elétricos. Desde 2012, Berlim tem investido na tecnologia, e conta com 7,9 mil veículos elétricos, e mais de 500 estações de carga de energia espalhadas pela cidade.
Hong Kong
Principal centro de negócios e turismo da Ásia, Hong Kong conta com um dos sistemas de mobilidade urbana mais bem organizados e eficientes do continente. Por dia, são aproximadamente 12,6 milhões de viagens feitas de transporte público. O que faz os deslocamentos serem eficientes é o sistema MTR (Mass Transit Railway), reconhecido como um dos mais eficazes do mundo. Espécie de linha de trem super rápida, serve às áreas urbanizadas de Hong Kong e localidades próximas, sendo o meio de transporte mais popular da região, com cerca de 5 milhões de viagens diárias. O MTR tem aproximadamente 218,2 quilômetros de extensão, com 159 estações. A eficiência no tempo dos trajetos também conta pontos para a cidade: estimativas apontam que os trechos são feitos dentro do horário estimado em 99% dos casos.
Amsterdã, na Holanda
Amsterdã também é reconhecida pela grande quantidade de bicicletas. Mais da metade (58%) dos moradores da cidade utilizam esse modal para se locomover diariamente. A estimativa é de que existem 880 mil bicicletas e cerca de 800 mil habitantes, ou seja, mais bikes do que pessoas. O plano de mobilidade urbana dá prioridade aos pedestres e ciclistas, especialmente nas regiões centrais. Estacionamentos de bicicleta adicionais estão sendo criados, além de melhorias no acesso a conexões entre os aeroportos e regiões mais movimentadas. O distrito de Zuidas, por exemplo, conhecido por ser a região “de negócios”, está a apenas seis minutos de trem do aeroporto de Schiphol.
Hoje, o transporte público local oferece diversos modais diferentes de locomoção: trem, metrô, bondes elétricos, ônibus urbanos e regionais, barcos do tipo ferries (que também comportam ciclistas), centrais de táxi e os chamados comboios de alta velocidade, os Thalys, consórcio de ferrovias entre França, Bélgica e Holanda que têm rotas entre Paris, Bruxelas e Amsterdã.