Paciente tabagista, evolui com aumento de secreção, descreva a alteração epitelial que o tabagismo acarreta e seu impacto no clearance mucociliar.
Soluções para a tarefa
O epitélio reveste o trato respiratório superior e é a primeira linha de defesa contra agentes agressores, nesse caso, a fumaça do cigarro. A fumaça além de irritar o epitélio respiratório também provoca transformações no transporte mucociliar, promovendo uma profunda diminuição in vivo nesse transporte. A cotinina, um metabólito tóxico da nicotina, é capaz de reduzir de maneira significativa o batimento ciliar de células epiteliais à fase particulada da fumaça.
Além dessas alterações funcionais, a fumaça também promove alterações estruturais sobre o epitélio respiratório, reduzindo a viabilidade celular e induzindo a apoptose em células ciliadas respiratórias, efeitos opostos mitogênicos ou pró-apoptóticos. E ainda prejuízos na recuperação do epitélio frente a injúrias.
A fumaça de cigarro também está associada a profundas alterações nos mecanismos de produção de muco. A exposição crônica a essa fumaça provoca alterações metaplásicas da mucosa respiratória com aumento no número e tamanho de células caliciformes e consequente aumento de secreção nas vias aéreas.