Psicologia, perguntado por aldenytrindade, 6 meses atrás

Paciente do sexo feminino, 31 anos de idade, com queixa de pirose e fraqueza há 2 semanas. Refere que durante a adolescência, nunca gostou do corpo que apresentava, sentindo vergonha, porém, não adotava medidas de modificação estética devido ao processo incompleto de amadurecimento e desenvolvimento. Aos 17 anos, iniciou com alimentação hipercalórica e hiponutritiva (doces, massas, açucares, refrigerantes) e, ao sentir-se incomodada devido raciocinar que iria ganhar peso (massa gorda), recorria a vômitos induzidos por toques na laringe, e relata que sentia-se bem. Após alguns meses, notou que poderia utilizar de tal medida para não engordar e, então, induzia vômitos em várias circunstâncias esporádicas. Considerando que a bulimia nervosa enquadra-se como uma patologia psiquiátrica com outros comprometimentos na saúde geral, descreva quais devem ser as modalidades terapêuticas importantes ao tratamento envolvendo os transtornos alimentares

Soluções para a tarefa

Respondido por Vabi23e
0

Resposta:

Explicação:

A Bulimia Nervosa (BN) é uma compulsão

alimentar na qual o individuo ingere grande

quantidade de alimento em um curto período de

tempo com a sensação de perda de controle. Para

compensar tal atitude passa a ter vômitos

autoinduzidos, fazer dietas compensatórias, usar

diuréticos, laxantes, inibidores de apetite e realizar

atividade física exagerada. Observa-se, ainda, grande

preocupação com o peso e a forma corporal1,2

.

De acordo com o Manual diagnóstico e

estatístico de transtornos mentais (DSM-V)2

para ser

considerado bulimia, os episódios de compulsão

alimentar devem ocorrer num período de duas horas,

no mínimo uma vez por semana durante três meses.

O DSM-V ainda divide o transtorno em leve (de 1 a 3

episódios por semana), moderado (de 4 a 7 episódios

por semana), grave (de 8 a 13 episódios por semana)

e extremo (14 ou mais episódios na semana).

A BN é considerada um dos transtornos

alimentares mais comuns na população, tendo como

prevalência 1% a 4,2% da população total. Acomete

mais mulheres, sendo estas representantes de 90% a

95% do total de casos (o subgrupo de mulheres

universitárias é o mais atingido). A taxa de

mortalidade da bulimia é de 0,3%3

. Grande parte dos

casos ocorre em adolescentes do sexo feminino,

caucasianas, e alto nível socioeconômico-cultural.

Porém, atualmente, também ocorre em menores do

sexo masculino, raça negra, pré-adolescentes, em

pacientes com nível sócio econômico-cultural baixo,

com idades entre 12 e 25 anos4

.

A etiologia da BN é multifatorial, relacionada

com um somatório de fatores biológicos, psíquicos,

sociais, familiares e ambientais5

. As comorbidades

mais observadas são: depressão (50% a 65%),

transtorno bipolar (14,3%), abuso de substâncias

psicoativas (30% a 60%), transtorno de ansiedade

generalizada (8% a 12%), transtorno de pânico

(11%), fobia social (17%), TOC (40%)1. Dentre os

transtornos de personalidade se encontram:

borderline (25,4%), dependente (21%), histriônico

(20%), esquiva (19%), obsessivo-compulsivo (11%),

narcisista (4,8%) e antissocial (4,8%)1

.

Segundo Silva3

a terapia cognitivocomportamental é o padrão-ouro para o tratamento da

bulimia, tendo como principal resultado a diminuição

da compulsão alimentar e do comportamento de

purgação, além de promover mudanças na

insatisfação corporal e nos sintomas depressivos.

Perguntas interessantes