Paciente do gênero masculino, com 38 anos, vítima de um acidente, no qual sofreu uma queda de bicicleta e traumatizou a face, deu entrada no pronto socorro do hospital. No exame clínico notou-se uma assimetria na face, suspeitando-se de fratura mandibular. Tendo em vista o caso apresentado, como ele deve ser conduzido? Quais os exames complementares devem ser realizados? Explique de forma sucinta a sequência de tratamento.
Soluções para a tarefa
Olá!
A assimetria facial é a diferença entre os lados da face. É normalmente encontrado em boa parte da população, em todos os lugares do planeta. Sendo assim, só alterado quando, e se, o paciente reclamar de dor ou for constado que existe um problema patológico.
Quando a assimetria advém de uma origem traumática, ou seja, de um acidente, são considerados os mais simples no que se refere ao disgnóstico. Dependendo da gravidade, o tratamento pode ser cirúrgico. Para a avaliação, uma tomografia completa é imprescindível. O tratamento cirúrgico tem excelentes possibilidades de solução satisfatória.
Espero ter ajudado.
Resposta:
Na avaliação primária, foi verificado se o trauma acometeu diferentes regiões da face, foi avaliado o tipo de injúria, a direção da força do impacto, pois dependendo desses fatores se chega ao resultado, que pode ir desde lesões teciduais, que envolvem os tecidos moles, causando abrasão, contusão ou lacerações; injúria aos dentes, até comprometimento do arcabouço ósseo da face, como fratura nasal, fratura do zigoma, do arco zigomático, da maxila, das estruturas supraorbitárias e do complexo naso-orbitoetmoidal. No caso desse paciente foi observado uma assimetria na face, suspeitando-se de fatrura mandibular. Como o trauma facial pode estar associado a outras regiões do corpo, esse paciente foi avaliado neurologicamente na escala de coma de Glasgow. Ainda na avaliação primária, foram examinadas as vias aéreas ( para identificar se existe obstrução, como corpos estranhos, próteses e restos alimentares, que devem ser removidos, liberando a orofaringe, avaliar se a respiração esta normal e se existe a necessidade de ventilação, ou de desobstrução das vias aéreas) e foi realizado o controle da coluna cervical ( com o uso do colar cervical, para a estabilização da coluna cervical, a fim de evitar movimentação da coluna), foi avaliado o sistema circulatório com o controle de hemorragias (caso houvesse necessidade), avaliação neurológica e por fim a exposição e controle ambiental. No exame das vias aéreas, o paciente teve o tórax exposto para verificar deformidades e alterações na respiração, foi auscultado para identificar presença ou não de murmúrio vesicular e a percussão, dependendo, pode indicar presença de ar ou sangue. É preciso avaliar se a vítima apresenta cianose ( que é um sinal patognomônico de respiração inadequada). Lembrando que em caso de hemorragia volumosa, a cianose pode estar ausente. Também foi avaliada a frequência respiratória. Na avaliação circulatória foi avaliada a presença ou não de hemorragias (interna e externa), pois a face e a cavidade bucal são estruturas altamente vascularizadas e mesmo pequenas lacerações promovem grandes sangramentos, que dificultam a avaliação inicial. Esses sangramentos quando presentes ,devem ser contidos com pinçamento de vasos, curativos compressivos e suturas.
Na avaliação neurológica foi verificado o estado neurológico do paciente pelo nível de consciência, o tamanho das pupilas e sua reação a estímulo. Na avaliação secundária, o exame físico executado minuciosamente e incluiu inspeção, palpação, percussão e ausculta dos segmentos corpóreos, observando a sequência: Cabeça, região maxilofacial, pescoço e coluna cervical, tórax, abdome, períneo, reto e vagina, sistema musculoesquelético e sistema neurológico. Como o trauma foi na face, o médico inspecionou a face de maneira organizada e sequencial, observando a presença de abrasões, contusões, lacerações e edemas. Fez a palpação detalhada das áreas traumatizadas, realizada de forma bilateral, comparando-se os dois lados da face e procurando alterações de contorno anatômico, o que foi identificado a assimetria na face. Foi verificado também se haviam areas de equimoses, principalmente no assoalho da boca, que podem indicar fratura na região anterior da mandíbula. Após a avaliação clínica, realizou-se as radiografias e exames laboratoriais complementares. O exame radiográfico da face deve documentar as fraturas por ângulos e perspectivas diferentes. No caso da mandíbula, pode-se, além da radiografia panorâmica, realizar a incidência de Towne, posteroanterior e incidência lateral oblíqua, complementando com a tomografia computadorizada.
Após a avaliação primaria , secundária e exames o paciente deve ser reavaliado. Se depois das avaliações médicas e dos exames realizados, se for confirmado a fratura mandibular, inicia-se com o tratamento definitivo, que ocorre após a estabilização da vítima e sua imobilização, o paciente receberá uma abordagem multiprofissional. Em muitas situações a intervenção cirúrgica só poderá ser executada após a completa estabilização do quadro clínico do paciente. Para se atingir a reabilitação máxima do paciente, deve-se observar os seguintes princípios cirúrgicos: redução da fratura, fixação e contenção. O paciente em questão, necessita ser medicado, com o uso de medicamentos sistêmicos como analgésicos e antiinflamatórios para alívio da dor e controle do processo inflamatório. A prescrição de antibióticos deve ser realizada, uma vez que confirmando o trauma de face envolve também de fraturas ósseas ( caso confirmado a fratura mandibular).Pensando ainda em evitar mais complicações, a profilaxia antitetânica deve ser instaurada, se no caso as lesões tiverem sido causadas pela lataria da bicicleta, na ocasião da queda, podendo haver necessidade de imunização ativa (vacina) contra o tétano.
Explicação:
Corrigido pelo tutor.