Os versos do poema “ Os Sapos” trabalham com a ironia e com a paródia a fim de despertar o pú-
blico leitor para a necessidade de ruptura e transformação da poesia. Retire do poema trechos
que possam corroborar com essa afirmativa, lembrando que as figuras de linguagem citadas se
propõem ao deslocamento do texto modelo, ou seja, há no poema uma explícita intenção de sar-
casmo, zombaria, caçoada, sátira, arremedo e imitação burlesca.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Explicação:
Sugestão de trechos do poema "Os sapos" que mostrem ironia ou paródia:
"O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado."
> Além de comparar o poeta parnasiano com um sapo-tanoeiro, Bandeira usa o adjetivo "aguado" para ironizar a poesia insípida e apagada dos parnasianos.
Outra ironia está no uso de "martelado", que sugere o trabalho mecânico e frio do poeta parnasiano.
"Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma"
> Aqui há uma crítica ao apego às formas no Parnasianismo.
"Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
— A grande arte é como
Lavor de joalheiro."
> Aqui critica-se o fato de os parnasianos trabalharem na poesia tal qual um joalheiro, sempre preocupado com a parte estética e a perfeição dos versos, mas esquecendo-se do conteúdo.