Os Vegetais foram os primeiros colonizadores no planeta Terra como eles conseguiram conquistar o ambiente
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Resposta:
Vegetais primitivos teriam se formado quase 100 milhões de anos antes do fóssil de plantas mais antigo já encontrado
Estudar as plantas primitivas não é fácil. Por não terem esqueletos ou algum tipo de carcaça dura, deixam muitos poucos fósseis para serem estudados. Esse fato leva os cientistas a acreditar que as plantas podem ter surgido muito antes do fóssil de vegetal mais antigo já encontrado, com 420 milhões de anos de idade.
Anteriormente, alguns cientistas já tentaram usar as informações genéticas das plantas como “relógios moleculares”, em que conseguem estimar há quanto tempo atrás as espécies se diferenciaram ao longo do tempo com base nas alterações do DNA, para entender a história evolutiva.
Entretanto, não conseguiram determinar exatamente as ramificações mais antigas na árvore genealógica das plantas. A crença era que duas variações de plantas não vasculares, os antóceros e hepaticophytas, além dos musgos, foram os pioneiros, mas não sabiam qual dos três é mais antigos.
Para tentar resolver esse mistério, o paleontobiólogo Philip Donoghue, da Universidade de Bristol, apostou no poder de cálculo de um supercomputador. Eles coletaram informações genéticas de mais de 100 espécies de algas e plantas, e testaram toda permutação das relações de quatro grupos de plantas, como uma espécie de checagem dos fatos.
Descobriram que as caracteristicas das três espécies que compõe a base da genealogia vegetal não correspondem com as primeiras plantas que surgiram no planeta. Ou seja, nenhum dos três tipos de plantas são pioneiras, sendo que as primeiras surgiram muitos anos antes, cerca de 500 milhões de anos atrás.
Elas surgiram durante o período Cambriano, ao mesmo tempo que se desenvolveram os primeiros animais multicelulares. A descoberta é importante, pois as plantas tiveram, e ainda tem, papel fundamental no resfriamento do clima do planeta, possibilitando a formação de formas de vida mais complexas.
O estudo foi além. “A suposição era que as plantas ancestrais fossem fisiologicamente como as hepaticophytas”, afirmou Donoghue. Isso porque elas não possuem raízes e poros para trocas gasosas e de água. O time de Donoghue, assim como já haviam sugerido outros estudos, indicou que as hepaticophytas são parentes próximas dos musgos, e um dia já tiveram raízes e poros, mas perderam esses traços ao longo do tempo.
A análise do grupo indica que as plantas ancestrais tinham poros e raízes, ou pelo menos formas bem rudimentares dessas estruturas. Dessa forma, foram capazes de crescer mais rápido, e processar mais solo e dióxido de carbono, influenciando mais a bioquímica terrestre do que se acreditava anteriormente.
“Isso muda toda a linha do tempo da origem da vida terrestre e a velocidade que a mudanças evolucionárias nas plantas e de grupos de animais (e fungos) associados”, afirmou à revista Science Pamela Soltis, bióloga especializada na evolução das plantas da Universidade da Flórida, que não participou do estudo. “Além disso, essas datas mais antigas significam que as mudanças na Terra aconteceram em uma velocidade mais lenta que acreditávamos anteriormente.