Os universais existem ou não? (Nominalismo principal,Representante,Realismo,Realismo moderno.)
Soluções para a tarefa
Em meio ao período denominado escolástica insipiente, temos o forte debate entre os dialéticos (lógicos baseados principalmente no Isagoge de Porfírio de Tiro, que foi traduzido por Boécio) e os Antidialéticos (que eram os fideístas). Este conflito significou uma real renovação no seio da escolástica, permitindo ou vetando uma filosofia de caráter mais autônomo, o que possibilita novas sínteses em “Teologia filosofante” ou no próprio campo lógico/filosófico em um sentido laico.
Neste contexto, surge uma questão no interior da própria lógica ou dialética, a controvérsia dos universais. O Isagoge (como introdução à lógica Aristotélica) introduziu esta querela: afinal, seriam os universais “res” (coisas reais, realidades) ou simplesmente “voces” (palavras)? Em outros termos, o universal (como gênero ou categoria que não se referem ao indivíduo, mas a uma classe que compartilha características), como conceito que tenho em mente, tem ou não substância?
A esta questão epistemológica – que já havia estado em voga na filosofia Clássica Grega – temos três respostas em destaque: O Realismo, como uma ontologia dos universais proposta, entre outros, por Anselmo de Aosta, no qual os termos universais são “res” subsistem por si; o Nominalismo, onde os universais “não existem”, temos somente coisas singulares e separadas, portanto, seriam “voces” (palavras), simples emissões de vocábulos; e por fim, o Realismo Moderado, ou Conceptualismo, o qual Pedro Abelardo traça uma aproximação da solução aristotélica: por meio de um imperfeito esboço da abstração (conceito aristotélico), os conceitos universais existem enquanto atividade mental, através a separação do conceito da própria coisa.