Ed. Física, perguntado por Kaiogarcia1445, 5 meses atrás

Os treinamentos físicos, como um todo, promovem grande aumento e relação de estabilidade na massa muscular do indivíduo, mas também são capazes de melhorar a resistência física por meio dos exercícios adequados e melhorias cardiovasculares e respiratórias. Quais são os efeitos provocados pelas modificações que são causadas treinamento em nível fisiológico, morfológico e psicossocial?
Preciso urgentemente dessa resposta

Soluções para a tarefa

Respondido por yasminbia748
0

Resposta:

As evidências epidemiológicas apontam para um decréscimo do nível de atividade física com o aumento da idade cronológica, tornando o sedentarismo um fator de risco de morbidade e mortalidade durante o processo de envelhecimento. Os dados apontam que as barreiras para a prática de atividade física regular na terceira idade são facilmente superáveis e que estratégias de políticas públicas de saúde podem ser implantadas para superar a falta de equipamento, a falta de tempo e de conhecimento que são apontadas como as barreiras mais comuns. Dessa forma, é possível encorajar a adoção de um estilo de vida ativo durante o envelhecimento, sensibilizando a população sobre a possibilidade de ser fisicamente ativo sem precisar ter muito tempo e habilidades, conhecimentos ou equipamentos específicos. Do mesmo modo, as evidências enfatizam o papel do médico e da família como agentes facilitadores para a prática regular da atividade física nesta etapa da vida. Neste aspecto é fundamental considerar as observações realizadas recentemente por Christmas e Andersen66, que sugerem para os profissionais da área da saúde, especialmente os médicos, estratégias específicas para abordar e motivar o paciente idoso sedentário levando em consideração o padrão de atividade física do indivíduo durante a vida e seus interesses, assim como o nível de atividade física nos três últimos meses, o nível de interesse e motivação para o exercício e as preferências sociais para a prática da atividade física regular. Para reforçar e conseguir sucesso os autores recomendam que a prescrição da atividade física seja realizada por escrito, levando em conta o tempo disponível para realizar atividade física, o desejo do paciente, os equipamentos e as facilidades disponíveis, lembrando as comorbidades que podem afetar o desempenho para realizar atividade física e, o mais importante, ser estimulada como um hábito para o resto da vida. A avaliação médica, no entanto, deve ser utilizada com critérios específicos para converter esta ferramenta em mais uma barreira para a prática da atividade física. O último posicionamento a este respeito de um dos maiores especialistas da área, Shephard67, aponta claramente, com fortes evidências epidemiológicas, que o idoso que deseja realizar atividades físicas leves ou moderadas deve ser encorajado a se envolver regularmente sem uma avaliação médica especial, já que é desnecessária e um fator desmotivante. Devido às claras e fortes evidências epidemiológicas de que o estilo de vida ativo é um fator fundamental na prevenção, tratamento e controle das doenças crônicas não transmissíveis, a promoção da atividade física regular deve ser promovida nesta população com políticas claras e estratégias de implementação recentemente descritas por S. Matsudo e V. Matsudo68. As políticas públicas devem promover na população o estímulo à adoção da recomendação atual da atividade física, encorajando os indivíduos de todas as idades, mas em especial os maiores de 50 anos, a realizar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada por dia, na maior parte dos dias, de forma contínua ou acumulada. Estas estratégias devem enfatizar a não obrigatoriedade da avaliação médica (com exceção dos casos sintomáticos) ou da participação em programas estruturados ou supervisionados para a adoção de um estilo de vida ativo como mecanismo de promoção da saúde.

As evidências epidemiológicas apresentadas nos permitem concluir que a atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são necessárias para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. A atividade física deve ser estimulada não somente no idoso, mas também no adulto, como forma de prevenir e controlar as doenças crônicas não transmissíveis que aparecem mais freqüentemente durante a terceira idade e como forma de manter a independência funcional. As atividades que devem ser mais estimuladas são as atividades aeróbicas de baixo impacto, mas preferencialmente o exercício com pesos, para estimular a manutenção da força muscular dos membros superiores e inferiores, deve ser a prioridade no idoso. Da mesma forma, o equilíbrio e os movimentos corporais totais devem fazer parte dos programas de atividade física na terceira idade. As evidências sugerem que a atividade física regular e o estilo de vida ativo têm um papel fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente aquelas que se constituem na principal causa de mortalidade: as doenças cardiovasculares e o câncer. Mas, além disto, a atividade física está associada também com uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar, no entanto, que tão importante quanto estimular a prática regular da atividade física aeróbica ou de fortalecimento muscular, as mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia-a-dia do indivíduo são parte fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.

Perguntas interessantes