Os sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
— "Meu pai foi à guerra!"
— "Não foi!" — "Foi!" — "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: — "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos!
O meu verso é bom
Frumento sem joio
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas . . .
[...]”
(Manuel Bandeira)
1. Pesquise sobre o autor desse texto – Manuel Bandeira – e sobre a semana de arte moderna e responda as questões abaixo:
a) Por que o título do texto se chama “os sapos”?
b) Retire passagens do texto que justifiquem sua resposta à questão anterior.
c) Levando em consideração sua pesquisa sobre o autor e sobre a semana de arte moderna, o que o autor quis dizer na última estrofe do texto?
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
a)Porque o texto de um sapo
d)enfudados os sapos
d)?
Respondido por
0
Resposta:
eu acho que e a letra (a)
Explicação:
so acho pessoa eu nao tenho muita certeza
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