Os resíduos de origem hospitalar são subdivididos em grupos de acordo com as suas características e riscos. Em relação aos resíduos hospitalares do grupo C é CORRETO afirmar que contêm materiais perfuro-cortantes. Justifique sua resposta?
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Resposta:
Conheça a disposição correta de resíduos de saúde
09/10/2017
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS) todos os restos gerados em estabelecimentos de saúde, centros de pesquisa e laboratórios.
Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) amplia esse entendimento a partir das legislações RDC ANVISA 306 de 2004 e a Resolução CONAMA 358 de 2005, que define como RSS todo resíduos gerado em atividade de:
Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo
Laboratórios analíticos de produtos para a saúde
Necrotérios
Funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento
Serviços de medicina legal
Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação
Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde
Centro de controle de zoonoses
Distribuidores de produtos farmacêuticos
Importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro
Unidades móveis de atendimento à saúde;
Serviços de acupuntura
Serviços de tatuagem
Outros similares
Classificação dos resíduos de saúde
Os RSS apresentam um perfil diversificado e heterogêneo de resíduos, o que demanda uma classificação eficiente para evitar o manuseio inadequado, priorizando a segurança. A classificação dos RSS vem sofrendo um processo de evolução contínuo, na medida em que são introduzidos novos tipos de resíduos nas unidades de saúde.
Esses resíduos são parte importante do total de resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela quantidade gerada (cerca de 1% a 3% do total), mas pelo potencial de risco que representam à saúde e ao meio ambiente.
Os RSS são classificados em função de suas características e consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde. De acordo com a RDC ANVISA 306 de 2004 e Resolução CONAMA 358 de 2005, os RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.
Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.
Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Exemplos: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros.
Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN,
Exemplos: serviços de medicina nuclear e radioterapia etc.
Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.
Grupo E - materiais perfuro-cortantes ou escarificantes
Exemplos: lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.
A RDC ANVISA 306 de 2004 não é aplicável as fontes radioativas seladas que devem seguir as determinações da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN
Riscos potenciais dos resíduos de saúde
disposição resíduos de saúde
Os resíduos do serviço de saúde ocupam um lugar de destaque merecendo atenção especial em todas as suas fases de manejo, que são:
Segregação
Condicionamento
Armazenamento
Coleta
Transporte
Tratamento e disposição final
Em decorrência dos imediatos e graves riscos que podem oferecer, por apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos.
Para a comunidade científica e entre os órgãos federais responsáveis pela definição das políticas públicas pelos resíduos de serviços saúde esses resíduos representam um potencial de risco em duas situações:
a) para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja a equipe relacionada ao setor de limpeza e manutenção;
b) para o meio ambiente, como decorrência da destinação inadequada de qualquer tipo de resíduo, alterando as características do meio
Com relação à destinação final, segundo o PNSB, Fespsp e ANVISA
56% dos municípios dispõem seus RSS no solo,
30% deste total correspondem aos lixões.
O restante deposita em aterros controlados, sanitários e aterros especiais
No que se refere às formas de tratamento adotadas pelos municípios:
20% Queima a céu aberto
11% Incinera
Tecnologias como autoclave para desinfecção dos RSS são adotadas somente por 0,8% dos municípios.
Cerca de 22% dos municípios não tratam