Português, perguntado por iZ0R4K, 11 meses atrás

Os reflexos da violência urbana no comportamento das famílias
Temor de ser assaltado sequestrado e morto impõe traumas em moradores das grandes cidades, que mudam até o jeito de criar os filhos Não se pode mais sair sozinho à noite em segurança. Não se pode mais tirar dinheiro do banco e carregá-lo na carteira. Não se pode mais deixar o carro estacionado em local aberto sem alarme. Não se pode mais permitir que as crianças brinquem na rua sem medo de que algo aconteça.
Relatos de quem foi vítima da violência no RS
Para 74% dos gaúchos, violência piorou O medo da violência é uma realidade que tem mudado vidas. O temor de ser assaltado, sequestrado ou agredido se tornou uma marca nas grandes cidades – ainda que nem nas menores haja paz. Na falta de atuação do poder público, as pessoas acabam se acostumando a buscar a proteção como for possível: evitando lugares vazios, guardando pertences com cadeados, vivendo vigiadas por câmeras, rodeadas de muros, entre grades. – Infelizmente, não há como negar que a sensação coletiva de medo tem bases concretas hoje em dia. Ela não é fruto de uma ficção. A criminalidade cotidiana assusta – explica a socióloga Letícia Maria Schabbach, integrante do Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Quem está crescendo sob o espectro da violência, ainda que nunca tenha sido vítima de algum ataque, acaba tendo de se adaptar a uma vida em que tudo o que não está sob o próprio controle ou dos familiares mais próximos pode ser temido. Não sem razão. – Desde as eras antigas o ser humano vive em estado de medo. A grande questão é que, na modernidade, o medo se tornou totalitário. A perpetuação desse estado de medo, quando se considera que nada é digno de confiança, que o mal está espalhado por toda parte e que as ameaças estão nos espreitando mesmo nas situações mais sutis, é preocupante Renato Nunes Bittencourt. Mãe de uma criança de oito anos, a secretária Lisiane Moura passou por uma experiência traumática em 2013, quando o local onde trabalha foi alvo de um assalto a mão armada. Ela estava na recepção, a primeira a ser vista pelo criminoso. Tornou-se a principal vítima. Com a arma apontada para a cabeça, foi obrigada a mostrar onde havia dinheiro, computadores, bens valiosos. Nada pôde fazer para impedir a ação. – Depois de uma semana, comecei a entrar em pânico. Não queria mais ir trabalhar, reviver aquilo. Me sentia responsável. Desconfiava de tudo, de todos – conta. Cerca de seis meses de uso de remédios e terapia foram necessários para superar o trauma. Mas marcas profundas foram deixadas em sua mente, refletidas também na forma como tem criado o filho: antes inatingida pela violência, Lisiane passou a temer pela própria vida e a dos familiares mesmo em casa ou no trabalho. Receosa dos possíveis efeitos da notícia, preferiu não contar para a criança, então com cinco anos, que havia sido ameaçada.
Passou a ser comum ter que trancar portas e janelas, optar por locais movimentados, andar sem carregar objetos que possam motivar um assalto. Não é assim que deveria ser, mas tamanhas precauções são hoje tão "normais" que sequer parecem um ponto fora da curva no comportamento humano. Conhecido por estudar a inconstância Abra mão de sua liberdade, ou pelo menos de boa parte dela". É nessa tentativa de fugir da insegurança que as crianças têm sido criadas em um estado de eterna vigilância. Psicólogos e psiquiatras explicam que a constante preocupação com a sobrevivência, evidenciada pelo medo, não é peculiar à atualidade, mas há pelo menos uma característica que diferencia a sociedade contemporânea de outras: esse sentimento está sempre presente, já condicionado em hábitos destinados a proteger os pequenos e evitar a exposição ao perigo. – Buscamos proteções para nos sentirmos mais seguros, para vivermos com mais qualidade de vida. O risco, porém, é que elas tenham um efeito oposto, de nos enjaular, contribuindo para o próprio aumento do medo – Com medo de serem identificadas, diversas famílias contatadas pela reportagem optaram por não terem imagens suas e dos locais onde moram divulgadas. Temem ser reconhecidos, mostrar os filhos, abrir margem para assaltos. Tamanha é a preocupação com a segurança que qualquer possível brecha, para elas, torna-se um problema. Mãe de uma criança de um ano e cinco meses, uma jovem de Porto Alegre relata que passou a temer ainda mais pela segurança da família quando foi vítima de um assalto a banco. Passando por terapia, ela prefere não comentar o caso com pessoas de fora de seu convívio social, mas conta que teve sua rotina alterada
1. Qual é a temática desta reportagem?
2. Qual é o seu contexto de produção?
3. Identifique a opinião dos especialistas sobre o assunto e escreva abaixo:

Soluções para a tarefa

Respondido por laizzacruzz
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Resposta:

1- Temor de ser assaltado, sequestrado e morto impõe traumas em moradores das grandes cidades, que mudam até o jeito de criar os filhos

2- Rio Grande do Sul (contexto de produção envolve o ambiente em que o autor estava/está inserido quando produziu a sua obra.)

3- maior propensão a doenças decorrentes do estresse e da ansiedade, por exemplo, além do desenvolvimento de transtornos psíquicos. Mas a principal consequência, segundo ela, seria a criação de uma geração mais temerosa, menos disposta a tomar riscos, menos aberta ao convívio com pessoas e em locais diferentes – uma geração confinada. – Penso que uma das consequências do medo é uma atitude conservadora em relação à sociedade em geral e à mudança. Nos tornamos medrosos, intimidados, por causa do medo

Explicação:


iZ0R4K: Opa mano esqueci de adicionar uma, a questão é " Atividade de produção textual: Leia a matéria “Os reflexos da violência urbana no comportamento das famílias”, publicada no jornal GauchaZH. Depois, dê sua opinião sobre o assunto escrevendo uma carta do leitor. Lembrem-se, a carta do leitor deve ser um texto curto e conciso, a linguagem deve estar adequada ao interlocutor, deve conter seu posicionamento diante da situação. Considerem as informações lidas no veículo escolhido. "
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