os principais conflitos ocorridos na america do sul nos últimos anos e os motivos de tal desavença ?
Soluções para a tarefa
Resposta:Guerra Guaranítica (1753-1756): Conflito armado envolvendo as tribos guaranis das missōes jesuíticas contra as tropas espanholas e portuguesas, como consequência do Tratado de Madrid (1750) que definiu uma linha de demarcação entre o território colonial espanhol e português na América do Sul. O limite estabelecido era demarcado pelo Rio Uruguai, com Portugal possuindo o território a leste do rio e a Espanha a oeste. Com isso, as sete missões jesuítas a leste do Rio Uruguai, conhecidas como Missões Orientais, deveriam ser desmanteladas e deslocadas para o lado oeste espanhol do rio. Uma força combinada de 3000 soldados espanhóis e portugueses lutaram contra os guaranis na Batalha de Caiboaté. Ao final, o exército conjunto espanhol-português ocupou as sete Missões, os guaranis foram evacuados para o oeste do rio Uruguai, o exército aliado permaneceu por dez meses nas Missões, os portugueses recuaram para o Rio Pardo sem poder concordar com o limite na nascentes do Rio Ibicuí e sem entregar a Colônia do Sacramento à Espanha.[1][2][3][4] O drama vivenciado pelos guaranis, jesuítas, bandeirantes e tropas ibéricas foi mostrado no filme britânico A Missão, de 1986.[5]
Conflitos do século XIX
Invasão luso-brasileira (1816-1820): Conflito que ocorreu na totalidade do território atual da República Oriental do Uruguai, na Mesopotâmia argentina e no sul do Brasil, e que teve como resultado a anexação da Banda Oriental ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, com o nome de Província Cisplatina[6].
Guerra da Cisplatina (1825-1828): Conflito pela possessão da Província Cisplatina (a qual cobria a totalidade do que hoje é a República Oriental do Uruguai), neste momento sob o controle do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, mas que anteriormente havia sido una das Províncias Unidas do Rio da Prata, ou seja, Argentina. Como resultado, o Brasil perde a Província Cisplatina, que não volta a formar parte das Províncias Unidas, mas sim passa a ser um novo estado independente: o Uruguai[7].
Guerra entre a Grã-Colombia e o Peru (1828-1829): Foi um conflito armado que opôs a Grã-Colômbia e a República do Peru, pela soberania sobre as regiões de Maynas, na amazônia, Jaén, nos andes, Tumbes e Guayaquil, na costa do Pacífico. Esta guerra deu origem ao conflito limítrofe entre o Peru e o Equador e à guerra Colômbia-Peru de 1932-1933[8].
Guerra entre o Equador e a Nova Granada (1832): Foi uma conflagração que enfrentou a República da Nova Granada contra a República do Equador, pela soberania das províncias limítrofes de Pasto, Popayán e Buenaventura.
Guerra entre as confederações Argentina e Peruano-Boliviana (1837-1839): Esta guerra teve início em 19 de maio de 1837, quando o então encarregado das relações exteriores da Confederação Argentina e governador da Província de Buenos Aires, Juan Manuel de Rosas, declarou guerra contra a Confederação Perú-Boliviana por conta da Questão de Tarija, pelo apoio de Andrés de Santa Cruz ao Partido Unitario, e pela suspeita de que a Confederação peruano-boliviana tentaria anexar as províncias do Noroeste argentino. Note-se que este conflito ocorreu dentro do quadro e com a simultaneidade do conflito que a confederação do Peru-Bolívia teve com o Chile, por isso é realmente uma única guerra. As operações começaram em agosto de 1837, quando as tropas confederadas peruano-bolivianas invadiram e anexaram a maior parte da Puna da Província de Jujuy e o norte de Salta, que foram recuperadas pelas forças argentinas com muitas dificuldades. Após a derrota de Santa Cruz, o novo presidente da Bolívia, o general Velasco, conseguiu acabar com o estado de guerra mostrando vontade de negociar o problema de Tarija; essa negociação só conseguiu produzir frutos em 1889, quando a Bolívia, em troca de Tarija, compensou a Argentina ao dar-lhe um território que havia sido perdido durante a Guerra do Pacífico pelo Chile: a Puna de Atacama[9].
Guerra contra a Confederação Peru-Bolívia (1836-1839): Foi um confronto de guerra entre a Confederação peruano-boliviana liderada pelo ditador supremo Andrés de Santa Cruz que visava unir Peru e Bolívia em uma única nação e, por outro lado, a coalizão do exército chileno e do Exército peruano de restauração que se opunham as ideias de Santa Cruz e, finalmente, as vencedoras. Note-se que este conflito ocorreu dentro do quadro e simultaneamente com o conflito que a confederação do Peru-Bolívia teve com a Confederação Argentina, então é realmente uma única guerra[10].