História, perguntado por alvessarah99847, 9 meses atrás

Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho
de ir buscar o seu ( pau brasil] [...]. Uma vez um velho perguntou -me: Por que vindes vós outros,
mairs e perôs (franceses e portugueses ), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes
madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a
queimávamos [...] mas dela extraíamos [...] mas dela extraíamos tinta para tingir [...].
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? - Sim [...), pois no nosso país
existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que
podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.
Ah! retrucou o selvagem [...]: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre?
-Sim, disse eu, morre como os outros.
Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso
perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? - Para seus filhos se os têm,
respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos.- Na verdade, continuou o velho
[...] agora vejo que vós outros [...] sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes
incômodos [...] e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos
sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães,
filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu
também os nutrirá [...].
LÉRY,Jean de Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paul: Edusp, 1980. p169-170​

Soluções para a tarefa

Respondido por avanibandidah7
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Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho

de ir buscar o seu ( pau brasil] [...]. Uma vez um velho perguntou -me: Por que vindes vós outros,

mairs e perôs (franceses e portugueses ), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes

madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a

queimávamos [...] mas dela extraíamos [...] mas dela extraíamos tinta para tingir [...].

Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? - Sim [...), pois no nosso país

existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que

podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados.

Ah! retrucou o selvagem [...]: Mas esse homem tão rico de que me falas não morre?

-Sim, disse eu, morre como os outros.

Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso

perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? - Para seus filhos se os têm,

respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos.- Na verdade, continuou o velho

[...] agora vejo que vós outros [...] sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes

incômodos [...] e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos

sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães,

filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu

também os nutrirá [...].

LÉRY,Jean de Viagem à terra do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paul: Edusp, 1980. p169-170

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