os muraiquitãs são objetos de cultura africana indígena ou paranaense?
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Resposta:
Acredito que seja índigena, pois de acordo com a lenda tem haver com Tapajós, e desde que eu saiba Tajajós são índigenas
Explicação:
A Lenda do Muiraquitã
A Lenda do Muiraquitã faz parte do conjunto de lendas envolvendo a existência mítica de mulheres guerreiras, vivendo separadamente dos homens, na região do Baixo Amazonas, compreendida de oeste para leste, entre Parintins e Monte Alegre, e de norte ao sul, das nascentes do Nhamundá ao baixo Tapajós, o local deste mítico País das Pedras Verdes.
TRÊS BELOS MUIRAQUITÃS, INCLUSIVE O JURUPARI VERMELHO DO NHAMUNDÁ
Embora seja uma lenda grega a idéia da existência dessas mulheres com peito de homem (Icamiabas) ou sem mama (Amazonas) foi implantada, na Amazônia, por volta de 24 de junho 1542, quando se deu a famosa Batalha das Icamiabas, em que os espanhóis se retiraram, para evitar uma derrota, descrita por frei Gaspar de Carvajal, o cronista da viagem, como altas e os cabelos enrolados em volta da cabeça, mas com as partes pudendas cobertas, o que manteria a dúvida quanto ao sexo delas.
De qualquer maneira desde então jamais reapareceram no âmbito da história regional, não havendo mais qualquer menção sobre elas, salvo nessa Lenda dos Muiraquitãs.
Os muiraquitãs são pequenos amuletos de pedra verde, que antes se pensou ser jade, mas hoje sabemos serem de amazonita, principalmente nas formas de sapos, rãs e tartarugas, que trazem sorte e felicidade, além da proteção contra as doenças, para quem os possui. O índio que o obtém deixa de ser panema e torna-se bom pescador e caçador. Mas existem muiraquitãs de outros tipos, que só agora começam a aparecer. Os de cor vermelha em forma de coração, com o desenho de uma caveira, que dizem ser a representação do Jurupari, extremamente raros.
A Lenda dos Muiraquitãs consistia no fato das mulheres guerreiras só se juntarem aos homens uma vez por ano, em uma das serras que bordejam o rio Nhamundá. Ali após a união anual, ao se sentirem grávidas, as Amazonas mergulhavam no lago Espelho da Lua (Yacy Uaurá) e retiravam do fundo um barro verde, moldando um muiraquitã, que depois de endurecido era dado de presente ao seu par, logo mandado embora. No fim dos nove meses da gestação se nascesse uma menina, ela seria cuidada, mas se fosse menino, a execução era imediata, para evitar a criação de vínculos.
E assim, a cada ano crescia o número de muiraquitãs distribuídos aos seus parceiros.