Os manuais de autoajuda são exemplos de tirania. De pequenas tiranias consumidas por escravos dóceis e fiéis que acreditam em dois equívocos. O primeiro é conhecido: não existe manual de autoajuda que não apresente o infortúnio como um elemento estranho à condição humana. A tristeza é uma anormalidade, dizem. O fracasso não existe e, quando existe, deve ser imediatamente apagado, ordenam. Na sapiência dos manuais, a infelicidade não é um fato; é uma vergonha e uma proibição. O que implica o seu inverso: se a infelicidade é uma proibição, a felicidade é obrigatória por natureza. Obrigatória e radicalmente individual. Ela não depende da sorte, da contingência e da ação de terceiros: daqueles que fazem, e tantas vezes desfazem, o que somos e não somos. Depende, exclusiva, e infantilmente, de nós.COUTINHO, João Pereira. O direito à infelicidade. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 ago. 2006, p. E2. A ideia principal do texto é: *
A) a sapiência dos manuais de autoajuda.
B) o infortúnio da condição humana.
C) a tirania dos livros de autoajuda.
D) o individualismo da felicidade.
E) a inexistência do fracasso.
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Resposta:
c os manuais de autoajuda tendem a vender a ideia de que somos obrigados a ter sucesso e a sermos felizes
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