ENEM, perguntado por basso1711, 1 ano atrás

[...] os indivíduos compartilham os mesmos anseios quando têm algum elemento de identificação entre si, ou algum fator objetivo que fundamente a expressão de sentimentos idênticos. E, na história moderna, esse elemento tem sido o Estado, na medida em que este, ainda hoje, ostenta as condições mais concretas de realização do sentimento nacional. Contudo, [...], extinguindo-se a figura do Estado como elemento promotor de uma identidade entre indivíduos, não se deve suprimir necessariamente o sentimento nacional, passando este, talvez, a expressar-se de outras formas”.

Soluções para a tarefa

Respondido por CarolMassaroInacio
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As evidências mais atuais que hoje soam com ares de barbárie tem sido a grande inquietação do homem contemporâneo. Como em outras crises da humanidade, a educação tem sido solicitada a dar soluções e respostas em porque sendo ela o instrumento de mediação dos saberes acumulados pela humanidade os indivíduos que passam pelo seu crivo não têm conseguido refrear as incoerências que tem danificado de forma incisiva todo o tecido social. Essas mesmas inquietações foram objeto de investigação da Teoria Crítica por pensadores alemães do séc. XX como Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Demonstrando uma preocupação sobre os efeitos do capitalismo na personalidade da classe burguesa européia pós Revolução Industrial, esses filósofos e outros da chamada Escola de Frankfurt identificaram que essa nova classe social estava se submetendo a formas ideológicas de dominação contrárias aos interesses emancipatórios. E isso se dava pelos mecanismos manipulatórios emanados dos setores hegemônicos da sociedade, mecanismos esses denominados por eles de indústria cultural. Isto é, um modelo de cultura planejada pelos setores dominantes e difundida sob o engodo de ser popular destinada apenas ao entretenimento e que assim foi denominado por seguir o mesmo planejamento, esquemas e a padronização de uma produção industrial. Atraídos por uma liberdade que a urbanização e o trabalho fabril supostamente passou a oferecer, o burguês emergente deixou para trás seus costumes e sua própria cultura enraizada em bases sólidas da tradição possibilitados pelo modelo de vida agrária. O novo modelo de organização social que vigorava adotando o ideário liberal capitalista passou a administrar, via cultura, as subjetividades dos sujeitos a essa lógica como forma de se firmar. Conduzindo as massas a uma racionalidade técnica que não transcende os espíritos da materialidade objetiva esse modelo de cultura identificado por esses filósofos tem expropriado dos indivíduos a condição de sujeitos pensantes das suas próprias realidades e da barbárie da qual são seus produtores e produtos. Nesse contexto, sendo a cultura popular sinônimo de espontaneidade, de construção, de identidade, de vivência, de alteridade e de tradição, busca-se na cultura popular nordestina expressa no Movimento Armorial de Ariano Suassuna mostrar em obras de grande potencial formativo, a exemplo do Auto da Compadecida, como a convergência do erudito e o popular resultam num terceiro elemento mantendo essas características. E exemplos retirados dessas construções podem ser empregados para o repensar de uma práxis educacional que leve os sujeitos a estabelecerem relações autônomas para com o mundo circundante, como forma dela, a educação, não formar indivíduos apenas adaptados à reprodução da realidade denunciada. Palavras-chave: Cultura popular; Indústria Cultural; Teoria crítica; Movimento Armorial; Educação; Emancipação.
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